domingo, 20 de dezembro de 2015

A ESTAGNAÇÃO DAS IGREJAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.

                                      
É muito difícil a recuperação de uma Igreja estagnada (Mt 17. 19-21).
Estou associando a frustração dos discípulos por não curarem aquele jovem possesso, lembrando a tentativa dos irmãos Simão e André em expulsar o que eles admitiam ser um demônio de pequenas proporções, um fraco adversário para os poderes que o Senhor lhes conferira.
Quando mais tempo a Igreja passar por este estado, menos provável será a sua recuperação.
Digo que não basta o líder ineficaz superar a pequenez da sua fé, já abalada por uma  possível  execração o que, teologicamente significa a perda da qualidade ou condição de “ungido” ou ainda, a perda da consagração.
Só o poder regenerador do Espírito Santo poderá ultimar a sua recuperação, mas a vontade do líder deverá ser evidenciada para que venha acontecer o reencontro com o Senhor, pela sua misericórdia.
O encontro sucedeu na “chamada” e na posterior capacitação fornecida pelo Senhor.
Sucedeu o desencontro quando, no presente, já o futuro não era enxergado pela fé.
Lideranças não desenvolvidas, ineficazes, já não estavam certas de que podiam esperar por dias melhores. O esmorecimento da fé tirou-lhes a convicção de que a eficácia da sua liderança era o fato não visível que Deus lhes reservara. Não mais convictos, os ouvidos desses líderes se tornaram moucos para o desenvolvimento dos dons de liderança que Deus lhes dera.
A falta de confiança não é a razão da “estagnação” das Igrejas. Está faltando, na realidade, uma porção de fé verdadeira, enraizada na submissão ao Criador, que deve ser alimentada permanentemente das promessas de Deus nas Sagradas Escrituras.
Nenhum tipo de organização, voltada para o desenvolvimento contínuo do seu grupo, irá definhar ou mesmo morrer, se tiver uma liderança eficaz ( Apud Barna, 2002).
A promoção do desenvolvimento de mais líderes é a ação mais eficaz, o passo mais importante para que seja facultada a saúde continuada da Igreja, durante a nefasta fase da “estagnação”.
Correlacionando a fase da “estagnação” à Igreja que, como sabemos, é um organismo vivo, podemos observar que ela também vivencia ciclos de vida (da concepção à inaptidão) e que a “estagnação” é uma das mais conhecidas.
Isto também é totalmente verdadeiro para os líderes de qualquer tipo de organização e, tal qual as pessoas, aqueles “organismos vivos”, nesta fase, mostram-se indolentes; engordam e se tornam arrogantes.  De tudo isto, resulta um ativismo ineficiente, uma operacionalidade estagnada. Tudo indica que o fim do entusiasmo está bem próximo.
Demonstrando não estar insatisfeita com o andamento operacional da sua estrutura, ela, a Igreja, deixa de assumir riscos pela ausência de ousadia e intrepidez de seus líderes.
Os obreiros tornam vigias, delatores intrigantes e os crentes únicos merecedores das atenções do líder são aqueles que cuidam da arrecadação das ofertas, dízimos ou votos.
A busca por novos desafios, novas conquistas não é mais cogitada em razão de um protecionismo doentio que, instalado, ocasiona uma postura totalmente defensiva (para trás – para os lados), ao invés de uma requerida agressividade (para frente – para o alto). O interesse primordial da liderança é proteger aquilo que se tem como atingido ( Fp 3.12-14). (Apud Barna, 2002, pg. 175).
É comum, nestas Igrejas estagnadas, discutir-se sobre reforma de suas atuais instalações, sobre definições de espaço e acomodações para sua confusa e reduzida membresia.
Os membros que se mostram resignados, que não se insurgem contra a situação, são elogiados e, de alguma forma, recompensados pela liderança, quando disposta a encobrir a trágica realidade da “estagnação”.
Enquanto isso, os crentes que se insurgem contra o fato criticando, obviando o mal, sem murmurações e que não poupam esforços para contornar a desconfortável situação, chegam a ser excluídos, levados ao ostracismo, como paga pelos cuidados e tentativas de superar a “estagnação”.
No ciclo de vida da Igreja, a fase oposta à “estagnação” é o equilíbrio. Nesta fase os índices de crescimento quantitativo (quantidade de membros) e qualitativo (desenvolvimento e desempenho) estão sempre a superar as expectativas dos líderes dessas Igrejas. De que tamanho nós queremos ser, como Igreja do Senhor? Esta é a indagação própria da liderança que atingiu a fase do equilíbrio. 
Estas perguntas, infelizmente, não podem ser admitidas em Igrejas visivelmente estagnadas.
Quando nesta fase, situação em que os conflitos se tornam ocorrências normais, se não acontecer a busca a o aprimoramento dos talentos como um alvo educacional e um estratégia de ação que venha a gerar um processo motivador por excelência que a torne mais viva, a Igreja como um todo, entra em processo de degeneração tal que passa a funcionar como se fosse uma associação de pessoas onde campeiam a arrogância e a falsidade.
Cristo adverte que, a menos que esta Igreja seja avivada, Ele virá como o ladrão e a destruirá (Ap 3.3), poupando apenas aqueles poucos fiéis que, dignamente, não contaminaram suas vestiduras (Ap 3.4).
Mesmo que se promova o desenvolvimento de novas lideranças, se o Espírito Santo de Deus não facultar a sua restauração, a Igreja ingressará na fase subsequente, a inaptidão.
Coisa difícil é o crente admitir a ausência do Senhor na vida de uma Igreja. Por causa disto, ainda que a liderança demonstre sinais visíveis de esgotamento emocional e espiritual, levará algum tempo para que esta fase seja reconhecida.
Contudo, mesmo que tardio este reconhecimento, o declínio é inevitável e então: só Jesus para evitar a sua morte.
A eficácia de uma Igreja, do seu nascimento (concepção) até a fase da “estagnação”, será determinada pela vontade do seu líder espiritual que, até a fase da inaptidão se valerá do seu”livre arbítrio” para conduzir os destinos da organização, sob a atenta supervisão do Espírito Santo – “Alguém plantou, um outro regou (até aqui a vontade do homem prevalece), mas o crescimento virá, se for da vontade do Espírito Santo de Deus” (1Co 3.6).
A Palavra de Deus nos orienta quanto à prudência do construtor ao lançar o fundamento e adverte a quem edifica: “Porém cada um veja como edifica” (1 Co 3.10).
Esse líder, tal qual o anjo da Igreja de Sardes, (Ap 3.1) que deveria regar, cobrando ânimo, vigor. Excitando, estimulando, animando, atiçando, espertando, fomentando a fé e promovendo o desenvolvimento do povo de Deus, não regou como Apolo, fundamentado em Jesus Cristo (1 Co 3.11).
Pior ainda é ver que esse líder, diferentemente de Apolo, não dá ouvidos aos Áquilas, às Priscilas, quando procuram lhe expor o correto caminho de Deus (At 18. 26).
Não posso deixar de fazer algumas perguntas bastante oportunas, ao encerrar este capítulo.
Nós, evangélicos, somos conhecidos pela nossa disciplina, pela nossa ética.
Por isso,
. Você admite que os escândalos divulgados sobre a conduta delituosa de certos políticos e líderes evangélicos, poderiam estar ocasionando o desestímulo, o desânimo, o enfraquecimento e a falta de entusiasmo do povo de Deus, provocados pela ineficiência dessas nossas lideranças e, em decorrência, estar gerando a “estagnação” em muitas das nossas Igrejas?
. O dicionário Aurélio diz que AVIVAR é estimular; é animar ou cobrar ânimo, vigor; é excitar; é dar nitidez, tornando mais visível.
Sendo assim, amado leitor, você estaria de acordo, se eu dissesse que AVIVAMENTO – ato ou efeito de avivar (se) -, ora tão comentado por nós evangélicos, é uma necessidade típica de Igrejas estagnadas, quem sabe, mortas como a de Sardes (Ap 3.1)?
. Se houver concordância, poderíamos afirmar que AVIVAMENTO é a alternativa do Espírito Santo, o recurso para lideranças ineficazes (que não souberam regar) de consolidar, de fortalecer e resto que está para morrer, por não serem íntegras as suas obras na presença de Deus (Ap 3.2)?
Penso que a inaptidão é a fase correspondente à passagem bíblica que registra a entrada de Daniel ma cova dos leões, por determinação real.
Até que o lançassem na cova, prevaleceu a vontade do homem, expressa pelo interdito sancionado pelo rei Dario. Ele o rei dos medos e dos persas estava no controle (Dn 6. 7-16).
Da mesma forma, penso que o declínio, a fase em que a Igreja agoniza, corresponde às passagens bíblicas que registram a permanência de Daniel, por toda uma noite, no interior da cova.
Entretanto, no interior da cova, o anjo do Senhor fechou a boca dos leões para que não fizessem qualquer dano a Daniel, fazendo prevalecer à vontade de Deus. Ele, o rei dos reis, o justo criador dos céus e da terra, estava no controle (Dn 6.19-23).
 Laércio Otone – Salto-SP- 20/12/2015
Trecho do livro:
“Vinde Após Mim”- Jesus não disse: Ide Após Seus líderes – Alberto Couto Filho, Pg. 128-133 – Ed. Livre Expressão 2010.
Bíblia de Estudo de Genebra 2° Ed.

Ed. SBB 2009. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ATENÇÃO ESSA MENSAGEM É UM ALERTA PARA OS CRISTÃOS.

sábado, 12 de dezembro de 2015

PREPARE-SE!

O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Provérbios 14:15). 
Muitos na vida aprenderam dirigir automóvel, conseguiram uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação), mas, nunca tiveram o interesse em aprender noções básicas de mecânica e muito menos em trocar um pneu (algo necessário), só pensam na necessidade de se qualificar nessas questões citadas quando o momento exige, ou seja, quando o carro quebra ou quando um dos pneus fura em lugares completamente desertos, onde a ajuda é algo quase impossível. Você pararia para ajudar uma pessoa numa situação dessas?
- Será que ajudaria alguém parado numa estrada deserta e escura sem ninguém por perto? Por que não pensamos nisso quando temos condições de nos prepararmos? Assim é na vida espiritual - Muitos não se preocupam em aprender, em se qualificar como um bom soldado de Cristo para que nos momentos de dificuldades, possam estar prontos para enfrentar qualquer situação.
Portanto, preparem-se! As dificuldades surgirão. Não façam como muitos “motoristas” que só lembram do step no momento do pneu furado. Preparem-se para essa situação aprendendo como trocar o pneu. Existe uma ordem de aprendizado. 1°- Sinalize o local onde o carro está parado para evitar um acidente. 2°- Vá ao porta-malas e pegue a chave de rodas. 3°- Folgue os parafusos antes de levantar o carro com o macaco. 4°- Levante o carro com o macaco e tire os parafusos e faça a troca do pneu. Viu não é difícil! Mas, existe uma ordem. Assim também é na caminhada com Cristo – precisamos estar alerta e preparados para os momentos difíceis. Aproveite o momento e prepare-se para os imprevistos. Que a ilustração citada acima possa orientar você na caminhada como Cristão.
No Amor de Cristo,
Laércio Otone.

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