domingo, 20 de dezembro de 2015

A ESTAGNAÇÃO DAS IGREJAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS.

                                      
É muito difícil a recuperação de uma Igreja estagnada (Mt 17. 19-21).
Estou associando a frustração dos discípulos por não curarem aquele jovem possesso, lembrando a tentativa dos irmãos Simão e André em expulsar o que eles admitiam ser um demônio de pequenas proporções, um fraco adversário para os poderes que o Senhor lhes conferira.
Quando mais tempo a Igreja passar por este estado, menos provável será a sua recuperação.
Digo que não basta o líder ineficaz superar a pequenez da sua fé, já abalada por uma  possível  execração o que, teologicamente significa a perda da qualidade ou condição de “ungido” ou ainda, a perda da consagração.
Só o poder regenerador do Espírito Santo poderá ultimar a sua recuperação, mas a vontade do líder deverá ser evidenciada para que venha acontecer o reencontro com o Senhor, pela sua misericórdia.
O encontro sucedeu na “chamada” e na posterior capacitação fornecida pelo Senhor.
Sucedeu o desencontro quando, no presente, já o futuro não era enxergado pela fé.
Lideranças não desenvolvidas, ineficazes, já não estavam certas de que podiam esperar por dias melhores. O esmorecimento da fé tirou-lhes a convicção de que a eficácia da sua liderança era o fato não visível que Deus lhes reservara. Não mais convictos, os ouvidos desses líderes se tornaram moucos para o desenvolvimento dos dons de liderança que Deus lhes dera.
A falta de confiança não é a razão da “estagnação” das Igrejas. Está faltando, na realidade, uma porção de fé verdadeira, enraizada na submissão ao Criador, que deve ser alimentada permanentemente das promessas de Deus nas Sagradas Escrituras.
Nenhum tipo de organização, voltada para o desenvolvimento contínuo do seu grupo, irá definhar ou mesmo morrer, se tiver uma liderança eficaz ( Apud Barna, 2002).
A promoção do desenvolvimento de mais líderes é a ação mais eficaz, o passo mais importante para que seja facultada a saúde continuada da Igreja, durante a nefasta fase da “estagnação”.
Correlacionando a fase da “estagnação” à Igreja que, como sabemos, é um organismo vivo, podemos observar que ela também vivencia ciclos de vida (da concepção à inaptidão) e que a “estagnação” é uma das mais conhecidas.
Isto também é totalmente verdadeiro para os líderes de qualquer tipo de organização e, tal qual as pessoas, aqueles “organismos vivos”, nesta fase, mostram-se indolentes; engordam e se tornam arrogantes.  De tudo isto, resulta um ativismo ineficiente, uma operacionalidade estagnada. Tudo indica que o fim do entusiasmo está bem próximo.
Demonstrando não estar insatisfeita com o andamento operacional da sua estrutura, ela, a Igreja, deixa de assumir riscos pela ausência de ousadia e intrepidez de seus líderes.
Os obreiros tornam vigias, delatores intrigantes e os crentes únicos merecedores das atenções do líder são aqueles que cuidam da arrecadação das ofertas, dízimos ou votos.
A busca por novos desafios, novas conquistas não é mais cogitada em razão de um protecionismo doentio que, instalado, ocasiona uma postura totalmente defensiva (para trás – para os lados), ao invés de uma requerida agressividade (para frente – para o alto). O interesse primordial da liderança é proteger aquilo que se tem como atingido ( Fp 3.12-14). (Apud Barna, 2002, pg. 175).
É comum, nestas Igrejas estagnadas, discutir-se sobre reforma de suas atuais instalações, sobre definições de espaço e acomodações para sua confusa e reduzida membresia.
Os membros que se mostram resignados, que não se insurgem contra a situação, são elogiados e, de alguma forma, recompensados pela liderança, quando disposta a encobrir a trágica realidade da “estagnação”.
Enquanto isso, os crentes que se insurgem contra o fato criticando, obviando o mal, sem murmurações e que não poupam esforços para contornar a desconfortável situação, chegam a ser excluídos, levados ao ostracismo, como paga pelos cuidados e tentativas de superar a “estagnação”.
No ciclo de vida da Igreja, a fase oposta à “estagnação” é o equilíbrio. Nesta fase os índices de crescimento quantitativo (quantidade de membros) e qualitativo (desenvolvimento e desempenho) estão sempre a superar as expectativas dos líderes dessas Igrejas. De que tamanho nós queremos ser, como Igreja do Senhor? Esta é a indagação própria da liderança que atingiu a fase do equilíbrio. 
Estas perguntas, infelizmente, não podem ser admitidas em Igrejas visivelmente estagnadas.
Quando nesta fase, situação em que os conflitos se tornam ocorrências normais, se não acontecer a busca a o aprimoramento dos talentos como um alvo educacional e um estratégia de ação que venha a gerar um processo motivador por excelência que a torne mais viva, a Igreja como um todo, entra em processo de degeneração tal que passa a funcionar como se fosse uma associação de pessoas onde campeiam a arrogância e a falsidade.
Cristo adverte que, a menos que esta Igreja seja avivada, Ele virá como o ladrão e a destruirá (Ap 3.3), poupando apenas aqueles poucos fiéis que, dignamente, não contaminaram suas vestiduras (Ap 3.4).
Mesmo que se promova o desenvolvimento de novas lideranças, se o Espírito Santo de Deus não facultar a sua restauração, a Igreja ingressará na fase subsequente, a inaptidão.
Coisa difícil é o crente admitir a ausência do Senhor na vida de uma Igreja. Por causa disto, ainda que a liderança demonstre sinais visíveis de esgotamento emocional e espiritual, levará algum tempo para que esta fase seja reconhecida.
Contudo, mesmo que tardio este reconhecimento, o declínio é inevitável e então: só Jesus para evitar a sua morte.
A eficácia de uma Igreja, do seu nascimento (concepção) até a fase da “estagnação”, será determinada pela vontade do seu líder espiritual que, até a fase da inaptidão se valerá do seu”livre arbítrio” para conduzir os destinos da organização, sob a atenta supervisão do Espírito Santo – “Alguém plantou, um outro regou (até aqui a vontade do homem prevalece), mas o crescimento virá, se for da vontade do Espírito Santo de Deus” (1Co 3.6).
A Palavra de Deus nos orienta quanto à prudência do construtor ao lançar o fundamento e adverte a quem edifica: “Porém cada um veja como edifica” (1 Co 3.10).
Esse líder, tal qual o anjo da Igreja de Sardes, (Ap 3.1) que deveria regar, cobrando ânimo, vigor. Excitando, estimulando, animando, atiçando, espertando, fomentando a fé e promovendo o desenvolvimento do povo de Deus, não regou como Apolo, fundamentado em Jesus Cristo (1 Co 3.11).
Pior ainda é ver que esse líder, diferentemente de Apolo, não dá ouvidos aos Áquilas, às Priscilas, quando procuram lhe expor o correto caminho de Deus (At 18. 26).
Não posso deixar de fazer algumas perguntas bastante oportunas, ao encerrar este capítulo.
Nós, evangélicos, somos conhecidos pela nossa disciplina, pela nossa ética.
Por isso,
. Você admite que os escândalos divulgados sobre a conduta delituosa de certos políticos e líderes evangélicos, poderiam estar ocasionando o desestímulo, o desânimo, o enfraquecimento e a falta de entusiasmo do povo de Deus, provocados pela ineficiência dessas nossas lideranças e, em decorrência, estar gerando a “estagnação” em muitas das nossas Igrejas?
. O dicionário Aurélio diz que AVIVAR é estimular; é animar ou cobrar ânimo, vigor; é excitar; é dar nitidez, tornando mais visível.
Sendo assim, amado leitor, você estaria de acordo, se eu dissesse que AVIVAMENTO – ato ou efeito de avivar (se) -, ora tão comentado por nós evangélicos, é uma necessidade típica de Igrejas estagnadas, quem sabe, mortas como a de Sardes (Ap 3.1)?
. Se houver concordância, poderíamos afirmar que AVIVAMENTO é a alternativa do Espírito Santo, o recurso para lideranças ineficazes (que não souberam regar) de consolidar, de fortalecer e resto que está para morrer, por não serem íntegras as suas obras na presença de Deus (Ap 3.2)?
Penso que a inaptidão é a fase correspondente à passagem bíblica que registra a entrada de Daniel ma cova dos leões, por determinação real.
Até que o lançassem na cova, prevaleceu a vontade do homem, expressa pelo interdito sancionado pelo rei Dario. Ele o rei dos medos e dos persas estava no controle (Dn 6. 7-16).
Da mesma forma, penso que o declínio, a fase em que a Igreja agoniza, corresponde às passagens bíblicas que registram a permanência de Daniel, por toda uma noite, no interior da cova.
Entretanto, no interior da cova, o anjo do Senhor fechou a boca dos leões para que não fizessem qualquer dano a Daniel, fazendo prevalecer à vontade de Deus. Ele, o rei dos reis, o justo criador dos céus e da terra, estava no controle (Dn 6.19-23).
 Laércio Otone – Salto-SP- 20/12/2015
Trecho do livro:
“Vinde Após Mim”- Jesus não disse: Ide Após Seus líderes – Alberto Couto Filho, Pg. 128-133 – Ed. Livre Expressão 2010.
Bíblia de Estudo de Genebra 2° Ed.

Ed. SBB 2009. 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

ATENÇÃO ESSA MENSAGEM É UM ALERTA PARA OS CRISTÃOS.

sábado, 12 de dezembro de 2015

PREPARE-SE!

O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Provérbios 14:15). 
Muitos na vida aprenderam dirigir automóvel, conseguiram uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação), mas, nunca tiveram o interesse em aprender noções básicas de mecânica e muito menos em trocar um pneu (algo necessário), só pensam na necessidade de se qualificar nessas questões citadas quando o momento exige, ou seja, quando o carro quebra ou quando um dos pneus fura em lugares completamente desertos, onde a ajuda é algo quase impossível. Você pararia para ajudar uma pessoa numa situação dessas?
- Será que ajudaria alguém parado numa estrada deserta e escura sem ninguém por perto? Por que não pensamos nisso quando temos condições de nos prepararmos? Assim é na vida espiritual - Muitos não se preocupam em aprender, em se qualificar como um bom soldado de Cristo para que nos momentos de dificuldades, possam estar prontos para enfrentar qualquer situação.
Portanto, preparem-se! As dificuldades surgirão. Não façam como muitos “motoristas” que só lembram do step no momento do pneu furado. Preparem-se para essa situação aprendendo como trocar o pneu. Existe uma ordem de aprendizado. 1°- Sinalize o local onde o carro está parado para evitar um acidente. 2°- Vá ao porta-malas e pegue a chave de rodas. 3°- Folgue os parafusos antes de levantar o carro com o macaco. 4°- Levante o carro com o macaco e tire os parafusos e faça a troca do pneu. Viu não é difícil! Mas, existe uma ordem. Assim também é na caminhada com Cristo – precisamos estar alerta e preparados para os momentos difíceis. Aproveite o momento e prepare-se para os imprevistos. Que a ilustração citada acima possa orientar você na caminhada como Cristão.
No Amor de Cristo,
Laércio Otone.

WWW.EVANGELHOCOMSIMPLICIDADE.COM 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

JOÃO 16.33

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O CULTO RACIONAL. RM 12.1 - Laércio Otone

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

ATENÇÃO:

Convido a todos os meus amigos e irmãos para ouvirem reflexões bíblicas que sempre serão publicadas aqui. 
Clique no link abaixo: 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

DEVEMOS SUSTENTAR NOSSA FÉ NA VERDADE DA PALAVRA DE DEUS.


“Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da verdade” (2 Coríntios 13.8)

 A mensagem atual, é paz entre as religiões, Gregory Smith, um adolescente americano de 14 anos, formado em matemática por Harvard e que corre o mundo pregando a paz mundial, foi questionado. “Qual a sua religião?  Faço conexões entre todas as religiões para que elas possam funcionar como uma só “ – foi sua resposta. Tolerância, principalmente religiosa, é a palavra do dia. Grandes pensadores, como o historiador Arnold Toynbee por exemplo, disse que o Cristianismo deve abandonar a crença de que é único, para que possa haver uma maior harmonia entre as religiões. (Religiões e Seitas, Tácito Gama Leite, CETEO, p. 112).  Se tolerância quer dizer respeito à crença alheia, concordamos. Não devemos atrapalhar o culto de ninguém. Não podemos depredar os elementos de qualquer religião, nem mesmo agredir a crença alheia verbal ou fisicamente. Isto é direito constitucional. Se quero ser respeitado, tenho de respeitar. “O que quereis que os homens vos façam, façais vós a eles” (Mt 7.12). Isto é tolerância.  Esta tolerância todavia, não significa que sou obrigado a concordar com as afirmações e práticas do outro, ou que não devo dizer ao outro porque discordo dele. Ele é livre para crer no que quiser e eu também. E eu creio que minha obrigação é dizer-lhe a verdade de Deus. Respeito não significa indefinição O grande pensador cristão, Francis Schaffer, em seu livro “A Igreja no século XX”, afirma que a Igreja deve ser bem clara em seus princípios, explicando que podemos ser co-beligerante sem sermos necessariamente aliados. Isto é, podemos até apoiar certas causas e batalhar por elas, sem que isto signifique que concordamos com outros grupos que fazem o mesmo.  Podemos por exemplo, defender a necessidade de dar assistência às pessoas carentes, sem com isso querer dizer que concordamos com os espíritas ou com a LBV. Fazemos as coisas por princípio bíblico, não por modismos ou instigação de algum grupo específico.  A verdade não pode ser sacrificada no altar da paz, nem as convicções sobre o altar da tolerância. Concordar com o erro, associando-se a ele, é um assassinado da consciência.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

UM MOMENTO DE REFLEXÃO BÍBLICA


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CRÔNICA NA CASA LOTÉRICA.


Ao ir numa casa lotérica pagar algumas contas (coisas do povo que sofre, mas que cumpre com seus compromissos nesse pais onde a carga tributária é cada vez mais alta), pude perceber a quantidade de pessoas jogando na loteria federal e pude perceber nitidamente a esperança de se tornar mais um milionário no olhar de cada uma delas. Talvez, ao ganhar, muitos abandonariam suas casas, esposas e filhos (algo de muito valor). Me veio a memória alguns versículos bíblicos, alguns escritos por Salomão: "vaidade, tudo é vaidade" (Ec 1.2). Outros, porém, escritos pelo apóstolo Paulo: "o amor ao dinheiro é a raiz de muitos males" (1Tm 6.10). Olhando nos olhos de cada pessoa vi, nitidamente, a vontade de ganhar muito dinheiro e "mudar de vida". Será mesmo possível mudar de vida se tornando rico? fiz-me essa pergunta. Logo, o Espirito Santo me fez pensar nas riquezas invisíveis, reais e satisfatórias que poucos, bem poucos estão buscando, que é as riquezas celestiais (Cl 3.1). Me veio um aperto no coração ao ver milhares de pessoas nessas condições, depositando suas esperanças numa falsa esperança. Logo, meu coração se alegrou ao perceber que existem pessoas desprendidas desse mundo corrupto, ao olhar para dentro de mim e enxergar o desejo de entrar no céu, lugar de gozo eterno.
Obrigado Senhor por me fazer feliz sendo um pobre rico. Pobre nessa vida, mas, creio com toda minha alma e entendimento que meu tesouro está em ti.
Laércio Otone

terça-feira, 22 de setembro de 2015

ALERTA!

Aos amigos pastores,
Estou disponível para auxiliar os amados irmãos no combate aos vícios em drogas, contribuindo com minha experiência na área para que, de alguma forma, possamos ajudar nossos irmãos que estão passando por esse problema tão difícil de ser encarando pela Igreja do Senhor, como prioridade máxima. 
Deste problema, surgem outros problemas que afetam diretamente a sociedade como um todo, como por ex. o aumento da criminalidade e tantos outros crimes. Quero ser útil aos amigos contribuindo com minha experiência para que possamos traçar metas e métodos eficientes, pautados na Palavra de Deus para ajudar nossos irmãos a serem libertados desse mal. Se os amados irmãos desejarem realizar um trabalho de conscientização na sua congregação abordando esse tema tão importante, estarei à disposição. Meu objetivo é levar as pessoas ao pleno conhecimento da Verdade da Palavra de Deus. Existe cura para os vícios (somente) através da pregação da Palavra de Deus e do acompanhamento pastoral eficiente.
No Amor de Cristo,
Laércio Otone.
CONTATO:
(11) 9 84378092 (TIM) (11) 40219049
E-mail : laercioirio@hotmail.com

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS.


Vejamos o que o apóstolo Paulo ensina:
Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (1 Timóteo 3:4).
Ao falar sobre o papel do casal na responsabilidade de educar os filhos, Paulo se dirige aos pais e não simplesmente ao pai ou à mãe. Isso porque se trata de uma responsabilidade de ambos, em que cada um tem sua participação. Sabemos que homens e mulheres possuem características bastante próprias.  Seu relacionamento com os filhos tem muito a ver com sua maneira de ser.
Independente de temperamento ou de natureza, cada um dos cônjuges deve se ocupar da tarefa de preparar os filhos para uma vida correta. Através do exemplo, do conselho e da disciplina deve transmitir a eles os valores correto para o bom proceder. Essa tarefa não pode ser delegada à Igreja, ao pastor, à escola ou à faculdade. Ela é uma tarefa inerente aos pais. A eles cabe fornecer o necessário para um crescimento sadio.  As demais instituições envolvidas no desenvolvimento da criança são apenas complementares.  Os pais são essenciais. 
Antes, porém, da formação intelectual e humana, aos pais cabe também a formação espiritual. Deus nunca planejou que o temor a Ele fosse ensinado aos filhos pelo sacerdote ou pelo pastor.
Criar filhos no ensino e exortação do Senhor foi e será sempre um dever dos pais.
Mesmo na antiga aliança a Lei seria passada de uma geração a outra por intermédio dos pais: “E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá para todo o sempre” (Deuteronômio 4:40).
Além do ensino, cabe aos pais a disciplina dos filhos. Diversos textos do livro de Provérbios  falam sobre o dever dos pais na educação dos filhos. Vejamos:
Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.
Provérbios 23:13
O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga.
Provérbios 13:24
Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar.
Provérbios 19:18
 Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.
Provérbios 29:17
Embora algumas corentes modernas abominem a ideia de punição às crianças, à Palavra de Deus coloca isso de uma forma muito natural, cujo resultado é totalmente positivo. A ideia de punição ao erro aplicada à criança tem o efeito benéfico de prepará-la para a vida futura. Tendo ciência de que o bem é recompensado e o mal é punido, a criança evita automaticamente o mal, pois sabe que isso resulta em dor ou em algum tipo de desconforto.
É importante, porém,  saber que quando a Bíblia fala de disciplinar os filhos como meio de educá-los, não se refere a um castigo infligido sobre eles como forma de descarregar a ira e a tensão nervosa. Isso está muito longe dos propósitos bíblicos. Se um castigo é aplicado com raiva,, rancor e maldade, não é um castigo bíblico. 
Somente é válido como meio de educar quando é feito com toda sobriedade e consciência , no pleno controle de suas faculdades e visando um propósito pedagógico.
Visto desse foco, até mesmo Deus se utiliza desse sistema para preparar seus filhos  para uma vida de santidade e perfeição: “E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela”.
Hebreus 12:5-11
Um erro grave ocorre quando somente uma das figuras está envolvida no desenvolvimento dos filhos, quando um dos cônjuges se destaca e outro se anula. Isso não é bom, uma vez que cada um deles tem sua parcela de contribuição. As suavidades maternas com a rigidez paterna se complementem nessa tarefa.
É na educação dos filhos que o apoio mútuo melhor se reflete. Podem até ter opiniões diferentes no que se deve dizer e fazer aos filhos, com respeito à disciplina e à instrução, mas as diferenças não devem nunca minar a autoridade de nenhum dos dois. Os filhos precisam sentir que a mãe tem a aprovação do pai, e o pai tem a aprovação da mãe. Mesmo que um dos dois tenha tomado uma atitude que o outro considere errada, será pior se a criança vir os dois em conflito por causa disso. Apoie e, se houver necessidade, acerte as coisas posteriormente.
Assim será bem mais fácil.
É muito prejudicial quando e educação dos filhos é motivo de conflitos entre os pais. O pai diz algo e a mãe contradiz, ou vice- versa. Além do prejuízo para o crescimento da criança, que passa a não distinguir a autoridade dos próprios pais, transformam uma benção em algo nocivo. Um filho, que deveria ser motivo de união, passa a ser motivo de discórdia. Ao dirigir-se aos pais, e não a um só dos cônjuges, Paulo está colocando o peso dessa tarefa sobre ambos.
Outro ponto muito belo na Palavra de Deus com relação à educação dos filhos é quando os pais não devem dominar os filhos ao ponto de irritá-los e levá-los ao desânimo. Quando uma criança é continuamente criticada, acaba adquirindo uma baixa autoestima, sua autoimagem fica danificada e ela sempre vê nos pais apenas instrumentos condenadores. Isso é tão forte que às vezes esta imagem dos pais é a imagem que a criança passa a ter de Deus. Há uma dificuldade para compreender a graça de Deus e se relacionar com um Deus amoroso.
Uma das maiores heranças que um filho pode receber nessa vida, são pais que se amam. O pássaro construirá um ninho igual àquele onde morou. Pais unidos e ajustados gerarão filhos unidos e ajustados. Ensine ao seu filho como é um lar e ele construirá igual.
Qualquer excesso que tenha havido com respeito à educação dos filhos não resulta da aplicação dos princípios bíblicos, mas justamente do desvio destes. As Escrituras oferecem sempre uma visão equilibrada, embora essa visão muitas vezes venha a se chocar com as ciências modernas, que, aliás, estão constantemente em mutação. 

(Laércio Otone) 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

MINISTÉRIO CEAR. EVANGELHO COM SIMPLICIDADE


http://evangelhocomsimplicidade.blogspot.com.br/

JESUS QUER MUDAR SUA ROTINA. Pr Laércio Otone

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

EVANGELHO COM SIMPLICIDADE.


domingo, 13 de setembro de 2015

No próximo dia 14/09 (segunda feira) à partir das 22 horas (Brasil) estará participando do programa A ÚLTIMA TROMBETA o pastor Ederson Emerick da Flórida E.U.A abordando o tema: Criação de filhos à luz da Bíblia

domingo, 30 de agosto de 2015

UM OBREIRO TEM QUE GOVERNAR BEM A PRÓPRIA CASA


Uma das principais características requerida pela bíblia para um líder é exatamente essa “O líder deve primeiramente liderar bem a sua própria casa”. Paulo exorta Timóteo sobre quais são as características que um bispo (pastor) deve possuir, uma delas é essa: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” (1 Tm 3;4-5) “Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.” (1Tm 3;12). A família foi a primeira instituição divina, Quando falamos de família, pensamos logo em uma estrutura composta de: marido (Gn 3.6), em esposa (Gn 3.12), e quando possível com filhos(as) (Gn 3.16). A estrutura familiar foi criada por Deus (Gn 2.21-22), e quando formamos família, isso implica em cuidados pessoais e responsabilidades individuais de cada parte para o bom desenvolvimento da família. (Ef 6.1-4), (5.22-33). É muito comum hoje em dia muitos casos de homens, mulheres ou filhos que são pessoas de respeito nas comunidades, exercem grandes papéis, tem muito prestigio, mas infelizmente dentro de casa as coisas se invertem, é um anjo dentro da igreja, e um demônio dentro de casa. O testemunho cristão não deve ser exercido somente na rua com as pessoas, ou através das mensagens que pregamos, antes o verdadeiro testemunho e o melhor e mais eficiente é o testemunho que damos aos da nossa casa. Uma família bem estruturada gera também uma igreja de alto impacto na sociedade, uma família desestruturada gera uma igreja fraca; o grande problema é que pessoas como as que citamos são uma coisa na igreja e outra em casa tem um sério problema de identidade, não consegue ser uma pessoa só em todos os lugares, dependendo do ambiente em que ela estiver se comportara de uma forma diferente, quando agimos assim, enviamos a seguinte mensagem: “Ainda não fui transformado”. Não devemos pensar que porque somos usados por Deus, possuímos vários dons espirituais, temos grande prestigio dos outros, ou porque Deus tem prosperado e abençoado nossas vidas de varias maneiras, que por essas causas Deus esta contente conosco e não precisamos mudar a nossa forma de viver e agir, nos conformarmos com a situação, lembramos que possuir dons ou qualquer outra característica não nos qualifica como verdadeiros cristãos. A igreja de Corinto tinha esse problema, em 1Co 1: 7 Paulo declara que os corintos não tinham falta de nenhum dom espiritual, no entanto no capitulo 3 versículo 1 Paulo declara que os cristãos de Corinto são carnais. Isso parece é um grande paradoxo não é? Como pode uma igreja, ou uma pessoa ter todos os dons do Espírito Santo e mesmo assim ser uma pessoa carnal? Simples ter dom não nos qualifica como cristãos, não é porque Deus nos usa que ele se agrada dos nossos comportamentos, nossa atitude deve refletir as atitudes de Cristo, não devemos nos conformar com sinais, Jesus disse que no ultimo dia muitos dirão “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7; 22- 23). O cuidado com a família deve vir em primeiro lugar, antes mesmo do que a igreja, Paulo diz que se a pessoa não sabe governar a própria casa também não governara bem a casa do Senhor. Existe muitos pastores que são extremamente zelosos com a igreja, mas que deixam a desejar na vida familiar, ele se doa com tanta intensidade na “obra do Senhor” que nunca tem um tempo para sair com a esposa, almoçar num lugar diferente, passear com os filhos e se tornar amigo deles, infelizmente a maioria dos problemas entre pais e filhos consiste exatamente nesse aspecto, não conseguimos ganhar a amizade dos nossos filhos, ao invés disso exercemos uma autoridade déspota com as crianças, as consequências disso vemos em sua adolescência e juventude. Se quisermos ter sucesso e exercer com excelência o chamado a liderança devemos ter como prioridade o bem estar de nossa família e da nossa casa, dessa forma podemos até não ganhar muitas pessoas para o reino de Deus, mas seremos fiéis entregando o grande depósito que ele nos concedeu chamado família.
No Amor de Cristo,
Laércio Otone

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Calma!

Se você está andando com Jesus, as vezes, existe a necessidade de parar com Ele para contemplar Ele (Jesus) realizar o milagre que esperamos, só que, na vida dos nossos irmãos. Calma! Sua esperança não pode morrer, Ele ressuscitou!

Texto: Evangelho segundo São Marcos 5.21-43 

domingo, 16 de agosto de 2015

Chamada para o programa a Última Trombeta dia 17/08/2015

domingo, 2 de agosto de 2015

O ESPINHO NA CARNE

           
Na  segunda carta escrita pelo apóstolo Paulo para Igreja de Corinto, temos uma passagem que tem muito à nos ensinar.  Paulo fala de suas experiências ao se referir como “conheço um homem” para que essa afirmação não soasse como uma auto-exaltação.  Precisamos aprender com esse (embora humilde) grande homem de Deus que sintetizou a teologia bíblica.  Quando ele diz sobre uma tremenda experiência onde foi levado ao terceiro céu, não trás pra si essa glória.


VEJAMOS O TEXTO:
Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor.
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve.
E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
2 Coríntios 12:1-10
O que aprendemos com esse texto?
Aprendemos que toda glória e honra pertence somente ao Deus eterno e criador de todas as coisas.
Aprendemos que as fraquezas, perseguições e tribulações , faz com que todos nós sintamos a necessidade da dependência de Deus. 
Quando estamos fracos é que estamos fortes? Que paradoxo! Como explicar isso?
É fácil!
É só compreendermos que, quando estamos nos sentindo fracos, é que vamos recorrer ao Deus todo poderoso, e com isso, conseguimos superar todas as dificuldades oferecidas pela vida nesse tempo sendo dependentes dEle.  Quem já teve um espinho em alguma parte de corpo e ficou confortável? Esse espinho nos incomoda e faz recorrermos ao Senhor da glória para nos socorrer. 
Por isso, é que, nem sempre, Deus irá tirar nossos espinhos mas, fortalecermos, fazendo-nos crer que a infinita Graça soberana nos basta!


Alguém me chamou e disse-me: pastor sua pregação é muito pesada e me ofende. O senhor deveria pregar com amor como os "outros pastores". 
Respondi: se ofendeu, é um bom sinal. 
Paulo pediu pra Deus tirar o espinho da carne dele, mas Deus disse que a Graça basta! Quando alguém tira o espinho, a graça deixa de ser o bastante.
(Laércio Otone) 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

QUAL SEU ASSUNTO PRINCIPAL?


Quando nos reunimos, aqui em casa, ou na casa dos irmãos, não deixamos de falar das coisas relacionadas a Bíblia Sagrada.  Precisamos seguir os conselhos do apóstolo Paulo quando diz:Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.1 Coríntios 15:33

A escassez de pregadores que manejam bem a Palavra é cada vez maior. Isso se dá, pela fato de que, muitos ao se reunir, estão fazendo de tudo, menos, ler e estudar as Escrituras. Por isso devemos seguir esse  conselho:
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 2 Timóteo 2:15,16

(Laércio Otone)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

UM COLISEU CHAMADO IGREJA.

 A história desse monumento é fascinante! É lindo o agir de Deus através da fé dos irmãos que enfrentaram a morte e pregaram da forma mais poética aos ouvidos de uma multidão sedenta, ao presenciar a carnificina na arena do Coliseu romano, onde cristãos eram devorados por feras famintas, pregaram em silêncio enquanto a multidão se alegrava. Mas o que me chama a atenção nesse presente tempo em que vivemos, é a semelhança de muitas ditas Igrejas com esse anfiteatro histórico e manchado de sangue. A semelhança dos atuais pastores com os imperadores romanos que almejavam entreter seu público em detrimento disso, cristãos eram devorados. A busca por agradar os frequentadores é terrível! Muitos estão morrendo, morrendo espiritualmente e, sem se importar com isso, os líderes estão cada vez mais envolvidos com os negócios desse mundo e, buscam sempre as inovações para ornamentar as Igrejas e oferecer um lugar confortável que alimenta essa população sem temor na alma e carente de arrependimento. Semelhante ao Coliseu romano, belas por fora e revestidas de sangue por dentro. Essa é a atual situação em que se encontra muitas Igrejas. 
Devemos agora ter uma visão do anfiteatro em seu perfeito estado para fazermos uma comparação com a Igreja visível dos nossos dias.  O Coliseu tinha uma bela figura oval de 155 metros de comprimento e 36 metros de largura. Foi erguido sobre oitenta arcadas imensas, e elevava-se em quatro ordens sucessivas de arquitetura à altura de 49 metros. Na sua totalidade, o edifício cobre um espaço de 24.000 m2. Por fora, era incrustado com mármore e decorado com estátuas. As rampas da vasta concavidade que formava o interior eram repletas com sessenta ou oitenta fileiras, dispostas em roda, de assentos de mármore cobertos com almofadas, capazes de acomodar facilmente 100.000 espectadores. O imperador romano ficava muito bem protegido, assim como os pastores, padres, bispos etc, que ao participarem do que chamam de culto, presenciam a morte dos frequentadores sem nenhum temor na alma. Pessoas morrendo de fome. Fome, não de pão. E sede, não de água, mas, fome e sede da Palavra de Deus que tem poder para transformar o homem. As Igrejas do século XXI estão sendo construídas com o mesmo propósito do Coliseu romano, entreter o povo. Lindos por fora e manchados de sangue dos verdadeiros cristãos por dentro . 
(Laércio Otone) 

terça-feira, 21 de julho de 2015

SE O QUE VOCÊ FAZ NÃO É PRAZEROSO, VOCÊ NÃO AMA O QUE FAZ.


Lamentavelmente, temos visto, não poucos, homens que se dizem pastores postando fotos em estádios de futebol, e coisas que, alguns anos atrás seria algo de se escandalizar. Mas a questão não está se é pecado ou não fazer essas coisas, cada um sabe da sua responsabilidade no Reino. A questão é, se o que você está fazendo, me refiro as coisas relacionadas ao Reino de Deus, não te dá prazer, não vem com essa de que "amo a obra do Senhor", sendo que, seu comportamento revela o contrário! Quando criticamos pessoas que estão torcendo pra times, indo em estádios de futebol, onde supostos pastores, levam até crianças e no meio da bagunça estão ouvindo palavrões, mulheres semi-nuas, apesar de que, acredito, que por conta dessa degradação da moralidade, muitas ditas Igrejas estão promovendo a imoralidade, dai vem um monte de advogados dizendo: não podemos julgar! "Não é pecado tirar um lazer de vez em quando". Não é bom ficar na rotina de pregar, ensinar, ler à Bíblia, ficar indo sempre aos cultos, isso é muito cansativo! Alegam os que se dizem vocacionados. Mas, se as coisas relacionadas ao Reino de Deus não me dá prazer, e eu estou vendo essa linda responsabilidade como algo rotineiro e cansativo, não sou vocacionado.  Sinto prazer em estudar, ler à bíblia, ensinar, aprender, cultuar, evangelizar etc. Alguns estão com cara amarrada nos cultos, e no final some sem ninguém ver, mas nas redes sociais postam fotos nos parques com um sorriso largo. É possível sentir prazer e se alegrar quando estamos fazendo algo que amamos. Por isso se estou procurando algo que me tire da "rotina", não estou amando a Obra de Deus. Não vejo como rotina essa linda e honrosa tarefa.  
(Laércio Otone)
"Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (João 4:34)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

                                        “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE “
                                                                       Por: Laércio Otone

O termo teologia não poderia ser colocado nessa desgraça, que é a teologia da prosperidade. Essa doutrina enfatiza uma vida abastada, regada ao luxo, isenta de tribulações e perseguições, e que, seus adeptos, são sempre pessoas “bem sucedidas”.  Como disse meu amigo pastor Jesiel Freitas: “Só existe uma teologia, que é a teologia bíblica”.
Não podemos denominar de teologia, uma doutrina tão herege. Uma doutrina que está levando muitos ao fundo do poço espiritual.  Pessoas que para atingir os fins que almejam, não estão se preocupando com os meios, ou seja, ainda que preciso for, “atropelo quem entrar na minha frente”. Essa, é a visão de quem frequenta uma denominação que apregoa esse tipo de doutrina.
A teologia da prosperidade se alastrou por muitas Igrejas evangélicas, principalmente nos Estados Unidos e no Brasil, atraindo uma enorme quantidade de pessoas. Todavia, essa teologia é contrária a doutrina bíblica, e muitas vezes as pessoas acabam se  aproximando de Deus por motivos alheios à genuína fé. Acontece também que muitas pessoas acabam se decepcionando com o Evangelho, e até mesmo com o próprio Deus, quando as promessas dos propagadores dessa teologia não se cumprem , e muitas  pessoas acabam confundindo a mensagem da prosperidade com o próprio Evangelho de Cristo, rejeitando, assim, o próprio Evangelho. Por isso, é importante compreendermos como nasceu, como se desenvolveu e o que ensina essa teologia para podermos confrontá-la com a Palavra de Deus
A HISTÓRIA DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
A teologia da prosperidade também é conhecida como “confissão positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé”, e “evangelho da saúde e da prosperidade”.  Esse movimento teve origem nos Estados Unidos. Através do evangelista Essek William  Kenyon (1867-1948). Kenyon se converteu na adolescência e com 25 anos foi estudar no Emerson College, em Boston, conhecido como um centro do “movimento transcendental” , que deu origem a vários movimentos heréticos. Uma das fortes influências que Kenyon recebeu nesse período foi de Mary Baker Eddy, a fundadora da “Ciência cristã”.
Um dos principais ensinamentos desse movimento transcendental, também conhecido como “metafísico” (além do mundo físico/natural), é que a verdadeira realidade está no mundo espiritual.  A dimensão espiritual, todavia, controla o mundo terreno.  Mas as pessoas também podem controlar o mundo espiritual, e conseguem isso através do correto uso da mente. Desta forma, controlando o mundo espiritual é possível às pessoas que assimilarem o correto uso da mente controlarem, consequentemente, o mundo material.
Kenyon acredita que essas ideias eram compatíveis com o cristianismo. Ainda mais, acreditava que poderiam aperfeiçoá-lo. Em função disso, por exemplo, ele cunhou expressões como: “o que eu confesso, eu possuo!”.
Kenyon passou a elaborar esses ensinamentos e a divulgá-los através de pregações nas Igrejas evangélicas tradicionais e pentecostais. Também foi um dos primeiros a usar o rádio como estratégia de evangelismo e mateve o programa “Igreja no ar” para divulgar seus ensinamentos hereges. Também puublicou vários livros contendo essas heresias.
Mesmo Kenyon sendo o precursor do movimento da prosperidade, o grande divulgador das suas ideias foi Kenneth Erwin Hagin (1917-2003). Hagin é tido por muitos como o verdadeiros pai desse movimento. Depois de padecer com uma grave doença, da qual obteve a cura em meio a grandes experiências de fé, dentre as quais se incluem visitas ao céu e ao inferno, Hagin se converteu. Começou seu ministério como pregador batista, e com 20 anos se tornou pastor da Igreja Assembléia de Deus.  
Aos 32 anos teve contato com pregadores dos movimentos de cura, e em 1962 fundou seu próprio ministério associado ao movimento da prosperidade.  Hagin divulgou seus ensinamentos através de seu ministério, de programa de rádio, fitas cassetes e livros. Hagin dizia ter tido muitas experiências espirituais, dentre as quais, contava oito visões de Jesus Cristo. Os ensinos de Hagin influenciaram vários pregadores norte-americanos, que logo se tornaram grandes divulgadores desse movimento. A partir dos anos 80, várias denominações pentecostais nos Estados Unidos se declararam contra os desvios e os excessos desse movimento, dentre as quais as Assembléias de Deus e do Evangelho quadrangular.
Esse movimento chega ao Brasil já com status de neopentecostal. Um dos primeiros difusores desse movimento no Brasil foi Rex Humbard. A Associação de homens de Negócios do Evangelho Pleno promoveu algumas conferências para propagar o movimento estre os empresários evangélicos. Nas primeiras organizações do movimento encontraram-se a “Igreja do Verbo da Vida”e o “Seminário Verbo da Vida” (Guarulhos), a “Comunidade Rema” (Morro Grande) e a “Igreja Verbo Vivo” (Belo Horizonte). R.R. Soares foi responsável pela publicação da maior parte dos livros de Hagin no Brasil. Desde então as Igrejas brasileiras sofreram uma verdadeira invasão dos ensinos do movimento da prosperidade, através de pregações, programas de rádio, de televisão, livros, fitas cassetes,CDs e apostilas.
OS ENSINAMENTOS DO MOVIMENTO DA PROSPERIDADE NO BRASIL
Os ensinamentos do movimento da prosperidade se resumem basicamente em três, que versam em torno da impossibilidade do sofrimento para os crentes, da riqueza material e da saúde perfeita como consequência da fé.
ANALISAREMOS, PORTANTO, ESSES TRÊS ENSINAMENTOS PRINCIPAIS DESSA DOUTRINA HEREGE
1)      O SOFRIMENTO COMO FALTA DE FÉ:
Os adeptos da teologia da prosperidade ensinam que o sofrimento significa falta de fé. Desta forma, se alguém sofre, é porque ainda não se converteu, e se um cristão sofre é porque não tem fé suficiênte. O cristianismo, ao contrário, nunca promoveu uma vida alheia a dificuldades e sofrimentos. Jesus disse aos seus discípulos: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33) . Essas palavras do Senhor Jesus servem também para nós.
Jesus não nos promete a ausência de aflições, mas vai nos dar ânimo para enfrentarmos os sofrimentos.
Os sofrimentos podem até cumprir um propósito de Deus na vida do seu povo. Deus pode empregar sofrimentos para:
a)      Disciplinar seu povo: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho” (Hebreus 12:4-6).
b)      O crescimento do seu povo: “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;
Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis” (1 Pedro 4:12,13); E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia,

Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:21,22).

2)      A RIQUEZA MATERIAL COMO SINAL DE FÉ
A teologia da prosperidade ensina que os filhos do Rei não podem ser pobres. Portanto, a prosperidade financeira é um direito do cristão e deve ser alcançada por meio da fé. Essa mensagem promete riqueza fácil, o que muitas pessoas estão buscando. Além disso, corre-se o grande perigo de se colocar as riquezas materiais em primeiro lugar, de forma que as pessoas passam a buscar a Deus não por causa da salvação, mas por causa daquilo que Deus pode oferecer como bençãos materiais.  A Bíblia nos alerta em várias passagens sobre o perigo das riquezas. Por exemplo, o apóstolo Paulo adverte: Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1 Timóteo 6:9,10).
Da mesma forma Jesus nos adverte que, ao buscarmos as riquezas, não estamos buscando a Deus: Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (Lucas 16:13).
Em vez de nos incitar a buscar as riquezas, a Palavra de Deus nos exorta a buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar. ...”buscai pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).  O cristão verdadeiro aprende a viver em qualquer situação, seja de riqueza, seja de pobreza, e aprende, em qualquer situação que se encontrar, a confiar no Senhor e colocá-lo como seu maior bem.  Desta forma, aprendemos pela Bíblia que Deus não trata os pobres com desdém, nem diz que as pessoas que se encontram em pobreza por falta de fé  (Dt 15.11; Mc 14.7; Gl 2.10).
3)      A DOENÇA COMO FALTA DE FÉ
A teologia da prosperidade promete ainda a cura de qualquer enfermidade, desde que a pessoa tenha fé. Assim, qualquer tipo de doença é encarado como falta de fé. Isso é bastante complicado, principalmente no caso de pregadores e líderes evangélicos que são prontamente desqualificados quando apresentam qualquer enfermidade ou deficiência.
               Um dos textos mais usados pelos pregadores desses movimentos é o seguinte:  Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5).
Segundo os adéptos desses movimentos, pelo fato de Cristo ter carregado todas as enfermidades, os verdadeiros cristãos não podem ficar doentes. Pura heresia! Isso contrasta com as próprias páginas da Bíblia Sagrada, que nos apresentam verdadeiros homens de Deus que tinham algumas enfermidades: Por exemplo:
a)      Eliseu: não foi curado de sua enfermidade (2 Reis 13.14-20).
b)      Paulo: mesmo que não possamos definir com clareza qual era seu “espinho na carne”, ele orou e pediu a Deus que o curasse, e não foi atendido (2 Co 12.7-10).
c)       Timóteo: o jovem pastor Timóteo tinha enfermidades estomacais ( 1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20).
d)      Epafrodito: companheiro e ajudador de Paulo, adoeceu mortalmente (Fl 2.25-30).

Essas pessoas citadas eram verdadeiros homens de Deus, que, todavia, tiveram enfermidades das quais não foram curados. Certamente isso não quer dizer que Deus não realiza a cura de nenhuma enfermidade. O próprio ministério do Senhor Jesus caracterizou, dentre outras coisas, por curar várias doenças.
Jesus, ao ler a passagem do profeta Isaías sobre isso, disse que aquelas palavras se cumpririam nele: “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor (Lucas 4:18,19).
Mas, neste caso, observamos duas coisas nesses movimentos de cura e a Palavra de Deus: 1) em primeiro lugar, o propósito de Deus nem sempre é a cura.  O fato do Senhor Jesus ter sarado as nossas enfermidades significa que na ressurreição não teremos mais nenhuma enfermidade e nem mesmo a ameaça da morte ( Ap 21.4). Mas nesta vida, estaremos sujeitos às doenças; e mesmo alguém que porventura nunca tenha ficado doente, certamente morreu ou irá morrer um dia; 2) em segundo lugar, podemos perceber uma grande diferença nas atitudes do Senhor Jesus e dos apóstolos em relação aos propagadores desse movimento quando realizam curas. A diferença está na preocupação quanto à propaganda! Jesus, quando realizava uma cura, pedia que não se contasse a ninguém o feito realizado. Podemos ver isso em diversas passagens.
O motivo para tanto era o fato de que Jesus não queria que as pessoas o seguissem por causa dos seus feitos ou das curas, mas devido a uma fé sincera e desinteressada.  Ao contrário, os pregadores desse movimento fazem exaustivas  propagandas de seus feitos e acabam atraindo muitas pessoas em função dos milagres, e não por causa do amor de Deus. 

(Laércio Otone) 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

FALSOS MESTRES SENDO INTRODUZIDOS NO MEIO DA IGREJA.

VOCÊ JÁ FOI ENGANADO ALGUMA VEZ? 
Pode ser que isso tenha acontecido à porta da sua casa. quando algum desses vendedores de "bençãos", com a venda de amuletos como almofada ungida, tijolos ungidos, lenços com suor dos falsos irmãos que se denominam apóstolos. São pessoas treinadas para persuadir, usando artimanhas, e o fez comprar algo sem utilidade. O sentimento é de revolta. de tristeza etc. Outras pessoas já foram enganadas na área sentimental, outras na questão financeira, mas a que causa um mal irreparável, verdadeiramente, é na área espiritual. Quantos enganadores estão em nosso meio, parecendo ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores, como disse Jesus.
Vivemos numa época em que muitas seitas se propagam em velocidade inacreditável. Os representantes das seitas sabem muito bem como podem vender suas heresias a pessoas de boa-fé por meio de palavras convincentes.
Todas as seitas apelam para a Palavra de Deus e usam o nome do Senhor Jesus Cristo. Em um primeiro momento, as palavras de seus líderes parecem convincentes e verdadeiras. Mas, cuidado, é engano! A Bíblia nos adverte seriamente a respeito: "Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". (1 João 4:1)
Se você é um estudante da Palavra de Deus e tem uma vida de constante oração, você jamais será enganado por esses falsos mestres.
É essencial que todos busquem o conhecimento da Verdade da Palavra de Deus.
No amor de Cristo,
Laércio Otone.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Transformado ou Transtornado? Por: Fábio José Lima.


Companheiros de luta,

No post de hoje quero lhe convidar a fazer uma reflexão acerca de um sentimento horrível que está se tornando tão presente em nosso meio: a inveja. Para exemplificar minha reflexão, trago dois exemplos bem ilustrativos, um bíblico e um de nossa literatura brasileira. Convido você a me acompanhar nessa leitura e espero que possamos fazer uma análise de como estamos lidando com isso.
Preliminarmente, devemos ter em mente que a igreja, enquanto instituição composta por pessoas, é atacada diuturnamente pela influência maligna que impera no mundo. Não podemos esquecer, que enquanto membros do Corpo de Cristo, possuímos uma missão clara e específica, qual seja, sermos sal da terra e luz do mundo. Dentro dessa perspectiva, podemos dizer que a igreja deve influenciar as pessoas e não ser influenciada por aqueles que não conhecem a Verdade.
Na sociedade em que vivemos é visível o espírito de competição entre as pessoas. Em certos casos, essa competição chega a ser meio patológica, e isso não pode ser visto como aceitável. Não estou dizendo que ter um espírito competitivo seja algo ruim, não é isso! A competição, quando trabalhada adequadamente, é salutar e nos ajuda a crescer corretamente. O grande problema é a forma como se compete, se estamos usando as regras válidas de competição ou se estamos trapaceando.
Fazendo um parêntese: acho que deu pra perceber que estou usando a palavra competição de uma forma bem abrangente, pois, na prática, as pessoas competem entre si sem um prévio acordo, por esta razão, entendo que não podemos ficar presos ao sentido estrito da palavra competição.
Olhando a sociedade, mesmo sem um rigor técnico, podemos visualizar que existem pessoas que competem movidas por um sentimento de inveja. Tais pessoas ficam incomodadas com a felicidade do próximo, e isso faz com que elas passem a ter atitudes desonestas contra seus semelhantes, o que pode gerar consequências catastróficas.
A Palavra de Deus nos mostra bons exemplos de inveja, mas trarei um bem conhecido, que é o episódio daVinha de Nabote, que está registrado em 1 Reis 21, porém, transcreverei apenas os 16 primeiros versículos:

1 - E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria.
2 - Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro.
3 - Porém Nabote disse a AcabeGuarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.
4 - Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
5 - Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão?
6 - E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
7 - Então Jezabel, sua mulher lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.
8 - Então escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete; e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
9 - E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum, e ponde Nabote diante do povo.
10 - E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei; e trazei-o fora, e apedrejai-o para que morra.
11 - E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara.
12 - Apregoaram um jejum, e puseram a Nabote diante do povo.
13 - Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu.
14 - Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu.
15 - E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apedrejado Nabote, e morrera, disse a Acabe: Levanta-te, e possui a vinha de Nabote, o jizreelita, a qual te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto.
16 - E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jizreelita, para tomar posse dela. (Almeida Corrigida e Revisada Fiel. Negritei e sublinhei)

Logicamente que deste texto podemos tirar várias lições, mas como estamos refletindo sobre a inveja, particularmente este sentimento como força motriz de uma espécie de competição, fica claro que o rei Acabe não tinha razão justificável para querer a vinha de Nabote para si. O desejo foi impróprio e a solução dada por sua esposa, Jezabel, foi pior ainda.
De certo que o rei queria a Vinha, mas diante da recusa de Nabote, que apresentou seus motivos, pois havia herdado de seus pais (v.3), o que sobrou ao rei foi ficar afligido. O sentimento pecaminoso nasce no coração de Jezabel, que o transmite ao rei, perceba aí que já temos uma espécie de “consórcio competitivo” com a finalidade de ter aquilo que não é seu e que não está à venda.
Daí pra frente, temos o desenrolar da história que passa pelo assassinato de Nabote e a apropriação da vinha por parte do rei Acabe.
Nossa literatura brasileira traz outro exemplo bem interessante na poesia de Patativa do Assaré:

“Seu moço, me escute uma triste verdade,
Que até dá vontade
Da gente chorar;
Escute quem foi que azarou a minha vida,
Nas terras querida
Do meu Ceará.
Eu era rendeiro do J. Veloso,
Um rico invejoso,
Malvado sem par,
Senhor de dinheiro e de léguas de terras,
De baixa e de serra,
Disponível para arrendar.
Eu, vendo as terras daquele ricaço,
Um certo pedaço
Com gosto arrendei,
Pois vi que o terreno para tudo convinha,
A terra só tinha
Madeira de lei.
Joguei-me deveras na serra fechada,
De foice Conrad,
Machado Collins
Jucá revirava, pau d’arco caía,
E a cobra fugia
Com medo de mim.
Depois de algum tempo, no dito baixio,
De carga de milho
Quebrei mais de cem.
Havia de tudo, melão, macaxeira,
E muita fruteira
Vingando também
De tudo o tributo correto eu pagava,
E sempre me achava
De bom a melhor.
Vivia contente, gostando da vida,
Com minha querida
Maria Loló.
Então, seu moço, fugiu a penúria,
Chegou a fartura
Me enchendo de fé;
Mas veio depois uma inveja danada,
A filha gerada
Do monstro Lusbel.
O J. Veloso, me vendo arranjado,
Ficou afobado,
Pegou a invejar,
Falando zangado, com raiva e com grito,
Dizendo que o sitio
Me vinha tomar.
Pedi a justiça com muito respeito,
Meu justo direito
Naquela questão,
Porém ao matuto sem letra e grosseiro,
Faltando dinheiro,
Ninguém dá razão.
Deixei minha terra, a querida Mombaça,
Que grande desgraça
Seu moço, eu sofri!
Deixei as belezas da terra adorada,
E triste e sem nada,
Cheguei por aqui.
Por causa de inveja, por esse motivo,
Doente hoje eu vivo
No seu Maranhão.
Sofrendo saudade, tormento e canseira,
Gemendo na esteira
Com febre e sezão.
Me resta somente a feliz sepultura,
E a vida futura
Que Nosso Senhor
Promete a quem sofre e padece inocente;
A vida presente
Para mim acabou.
Eu hoje devia viver sossegado,
No sitio arrendado,
No caro torrão:
Porém ao matuto sem letra e grosseiro,
Faltando o dinheiro,
Ninguém dá razão!”. (Citada por José Gonçalves em Porção Dobrada).

A narrativa de Patativa do Assaré é clara em mostrar que a felicidade daquele personagem incomodou, e muito, o dono da terra que, como o próprio texto diz, era invejoso, o que fez com que ele tomasse a terra que havia arrendado.
Fazendo uma comparação entre os dois textos, percebemos a semelhança entre as duas histórias, pois a felicidade dos dois personagens foi interpretada como barreira para o rei Acabe e para J. Veloso, que não mediram esforços para satisfazer seus sentimentos invejosos.
As duas histórias demonstram claramente atitudes de pessoas que não servem a Deus para com seus semelhantes, ou seja, acontecimentos fora da Igreja.
Como disse no início deste post, nós, como membros do Corpo de Cristo, possuímos uma missão específica de sermos sal da terra e luz do mundo, o que nos conduz a influenciar [positivamente] a sociedade e não o contrário. Mas, o que temos visto na prática é que estamos nos deixando influenciar por estes sentimentos comuns entre os que não servem a Deus.
Já está se tornando corriqueiro ver competições dentro da igreja. É competição entre os membros, em particular, entre os integrantes da banda, dos grupos de louvor, entre pregadores, entre alunos de escola dominical, entre ministérios e até dentro de um mesmo ministério e por aí vai.
É muito comum vermos competições unilaterais - por isso no início disse que não estamos falando de competição no sentido estrito da palavra - onde a pessoa que se deixou levar pelo sentimento de inveja passa a ter comportamentos impróprios contra seu irmão. E aí, a consequência lógica de tudo isso é este exército de pessoas feridas espiritualmente, em função de tais competições nas igrejas.
Quem não conhece ou pelo menos já ouviu falar de alguém que foi vítima dessas competições? Quantas pessoas estão desigrejadas atualmente por terem passado por esta trágica experiência? Quantas pessoas até se desviaram em função disso? São perguntas que nos fazem pensar...
Não podemos crer [verdadeiramente] em Deus e termos os mesmos padrões de conduta dos que não serve a Deus, ou cremos e somos transformados ou não cremos. Salutar é a recomendação de Romanos 12.2:

2 - Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Nova Versão Internacional. Negritei).

Se somos seguidores de Jesus não podemos nos comportar como os que estão nas trevas, devemos buscar uma vida de santidade, devemos nos dedicar a leitura da Palavra, devemos ter uma vida de oração, devemos saber lidar com nossas fraquezas, buscando forças em Deus. A inveja não traz nada de bom para nós e por isso devemos lutar para que este sentimento não domine a nossa vida.
Por fim, vale lembrar Provérbios 14.30:

30 - O coração em paz dá vida ao corpo,mas a inveja apodrece os ossos. (Nova Versão Internacional. Negritei).

Como está escrito em 2 Coríntios 4:13, parte b:

(...): Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos. (Almeida Revista e Atualizada, negritei).

Fiquem na Paz do Eterno.

Bibliografia Consultada:

GONÇALVES, José. Porção Dobrada: Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico: Suplemento Bibiográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida,