sábado, 11 de novembro de 2017

A IGREJA TEM UM DONO


Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
Atos 20:28
O apóstolo Paulo ensinou que o dever de cuidar do rebanho do Senhor é dos Bispos (pastores e presbíteros), ou seja, de todos e não de um só. Portanto, quando alguém toma de assalto uma posição que não lhe pertence, está pecando contra o Senhor que é o único dono da obra. Supervisionar, não significa apropriar-se — significa que existe um dono. Não há respaldo bíblico para cargos vitalícios ou algo do tipo na Igreja do Senhor. Quando um pastor, presbítero ou qualquer outro obreiro transgride, tem que ser punido (disciplinado e em último caso excluído) de acordo com o que está relatado nas Escrituras Sagradas, e, não deve ser enviado para outro lugar com o fim de “abafar o caso” como se o Senhor não estivesse vendo tudo e todos.   
Olhai, pois por vós:
Isso significa que todos os obreiros devem ser vigilantes em tudo, sempre procurando dar um bom testemunho para que não sejam reprovados. Muitos são tão carnais que os interesses da carne os impelem a serem infiéis na obra de Cristo. Temem perder suas rendas, temem criar problemas de modo que as pessoas fiquem contra eles e com isso perderem a almejada popularidade. Em detrimento disso bajulam os pecadores ao invés de lhes anunciar todo o conselho de Deus.

Para o obreiro vencer tudo isso ele precisa estar vigilante o tempo todo.  

Richard Baxter escreveu em seu livro  O Pastor Aprovado, nas páginas 171,172, o seguinte: Quanto às nossas Igrejas, também temos que vencer muitas dificuldades. Primeiro, muitos dos seus membros são obstinados e não querem saber de instrução. Recusam-se até a chegar perto de nós. Segundo, há os que desejam aprender, mas são extremamente lentos. Por isso, guardam distância porque têm vergonha da sua ignorância, a não ser que nós sejamos sábios e diligentes para os animar. Terceiro, quando vêm a nós, tão grande é a sua ignorância que é difícil fazê-los compreender. Estes saem tão ignorantes como quando chegaram pela primeira vez.  Quarto, o mais difícil ainda, podem sentir-se feridos e podem irritar-se, reagindo com dureza de coração. Portanto, se vocês não tiverem seriedade, fervor e propriedade de expressão, que benefício poderão esperar? Quando tudo tiver sido dito e feito, é preciso que o Espírito da Graça faça Sua Obra.
Quinto, quando vocês causam algumas impressões desejáveis em seus corações, se não mantiverem estreito contato com eles, seus corações poderão recair em sua dureza anterior. Poderão retornar aos seus antigos companheiros e tentações, abortando afetivamente o trabalho todo.

Que Deus tenha misericórdia de nós, Sua Igreja, porque os homens estão tomando conta como se a Igreja fosse deles.

No Amor de Cristo,

Laércio Otone 

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

NÃO GOSTO DE MISTURAR PIADAS COM CRISTIANISMO.

  
Amados irmãos, somos nós que devemos dar a nossa nação os frutos das orações e dos pesares dos santos de Deus que morreram para que o Evangelho da Graça de Deus fosse propagado. Ficar com piadinhas na internet para atrair a atenção das pessoas se utilizando das coisas santas e sérias, não é coisa de um cristão verdadeiro. Muitos sofreram mortes das mais terríveis por uma justa causa — causa santa— o mínimo que nós devemos fazer é honrar com a história dos mártires. Tudo que os homens santos de Deus fizeram, durante muitos anos, pelo bem da Igreja e da verdadeira Reforma, muitos hoje estão jogando no lixo. Desprezando a história, vivendo como se ser cristão, fosse uma mera opção e não um chamamento divino.     Eles (os mártires) preparam o caminho para que nós pudéssemos dar continuidade na obra que eles começaram entregando suas vidas por essa santa causa. Eles desejaram que essa obra continuasse, por isso se entregaram.  

Vamos deixar que essa obra termine em nós ou vamos dar continuidade, ainda que entregando nossa própria vida?
Mas saibam de uma coisa, não será com “piadinhas” que conseguiremos bons resultados para o Reino de Deus.
Os mártires abriram as portas para vocês, custosamente e com muito sofrimento. Colocaram nas mãos ferramentas para a edificação. E agora, vocês vão ficar parados e vadiar?
Não o permita Deus!

Avante, pois, irmãos, e deem à nação o fruto do preço e labor daqueles santos!  Em nome de Deus, tomem todo o cuidado para não frustrar todas estas esperanças!

No Amor de Cristo,
Laércio Otone


(FONTE: O Pastor Aprovado – Richard Baxter,Pg, 169 – Ed PES, 2013) 

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

VOCÊ É VERDADEIRAMENTE UM CRISTÃO?

Tenho dificuldade em compreender que um cristão verdadeiro precise que lhe ensine sobre o que é contribuição financeira. Alguns contribuem por ganância onde os propagadores da “teologia da prosperidade” dizem que aquele que contribuir será ricamente retribuído financeiramente.

Alguns contribuem, são dizimistas fiéis, porque lhes impuseram essa obrigação para que sejam reconhecidos como ministros. Isso não é bíblico e nem saudável. Um verdadeiro cristão tem alegria no coração por fazer parte disso e não contribui porque “quer crescer ministerialmente”. Conheço pessoas ricas de dinheiro que se tornaram pastores porque suas ofertas e dízimos eram muito acima dos demais. Isso causa um grande prejuízo para o Reino de Deus, onde o fator contribuição é considerado mais do que o fator vocação para se tornar um pastor, por exemplo.

A benção está simplesmente em ser um contribuinte, um ofertante.

Abençoado é quem contribui com um coração puro e sincero (2Co 9.7), sem que alguém lhe ofereça "algo de Deus” em troca. Somos abençoados porque nosso coração está no Reino de Deus e não na terra. Somos abençoados porque nos alegramos e glorificamos a Deus com isso (1Co 10.31).

Tenho dificuldade em crer que alguém que foi transformado (a) pelo poder da Palavra de Deus não sinta vontade de contribuir com essa maravilhosa causa.


Sinto-me alegre em poder contribuir, não porque me disseram que “tenho que contribuir”, mas porque meu coração compreendeu perfeitamente isso.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

                                                       O JUSTO VIVERÁ DA FÉ
                                                             Romanos 1.17        
O cenário do evangelicalismo atual é trágico, estamos vendo de tudo nas denominações, mas o que mais me preocupa é a falta de empenho de muitos em examinar as Escrituras Sagradas para verem se é de fato, verdade, ou não o que o pastor está pregando a cada culto. Muitos acreditam que, “se ele é pastor então é enviado de Deus, é o ungido”, mas só pode ser um enviado de Deus para apascentar Seu rebanho (que foi comprado pelo precioso Sangue de Cristo) se o pastor for comprometido com a Verdade das Sagradas Escrituras — caso contrário não é enviado por Deus — e sim, enviado por homens que lideram muitas instituições com o fim de arrecadar muito dinheiro e colocam os que concordam com eles em tudo para serem pastores das “suas igrejas”.

Que existem muitos “bandidos da fé” isso não podemos negar. O que me preocupa diante de tudo isso é a generalização que muitos fazem, colocando todos no “mesmo balaio” como se não existissem homens sérios, comprometidos com a Verdade, e, muitos chegam a ter vergonha de serem reconhecidos como pastor nas ruas, isso é algo que precisamos refletir. Precisamos diferenciar os pastores comprometidos com a Verdade dos que estão longe da Verdade. Mas como faremos isso se não estamos lendo a Bíblia, estudando-a e orando?  

 A falta de dedicação dos cristãos em estudar, ler, orar e exercitar os dons para o crescimento da Igreja permite com que os lobos vorazes ganhem espaço. Eles (os lobos) são cruéis (At 20.29). Quem não medita de dia e noite nas Sagradas Páginas da Bíblia (Sl 1.2), está propenso a crer que tudo que dizem nos púlpitos são verdades vindas de Deus, as promessas feitas em nome de Deus, as campanhas voltadas às realizações dos desejos carnais tem crescido muito — como se Deus fosse um “realizador de desejos humanos”, e não O Salvador dos pecadores (Fp 3.20) .
Frequentemente ouço alguém afirmar o seguinte: Precisamos de uma nova reforma!

— Nova reforma? Como assim?

Não, não precisamos de uma “nova reforma”, a Reforma Protestante já se deu no século XVI e essa é suficiente, onde os reformadores deixaram-nos um legado, permitindo-nos que tivéssemos acesso às traduções dos textos sagrados.  O problema é a preguiça e o descaso que muitos fazem com esse importante documento santo. A palavra de Deus hoje é vista como um objeto que ocupa um espaço nas estantes e prateleiras.  Os líderes (a maioria) não estão preocupados em ensinar a Bíblia para o rebanho para que continuem na ignorância, e estando eles na ignorância, ficam vulneráveis e, é mais fácil enganá-los (2 Pe 2.1).  

É bem verdade que muitos estão “ressuscitando as indulgencias”, só que, com uma roupagem diferente, mas a intenção é a mesma, construir grandes edificações, como ocorreu no século XVI onde as contribuições giravam em torno de interesses dos lideres gananciosos e não para o mantimento da Obra do Mestre (Fp 3.19).  

Ao lermos o texto da Carta aos Romanos, entenderemos muito, vejamos:

Pois não me envergonho do Evangelho; porque ele é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, e depois do grego.
Pois no Evangelho é revelada de fé em fé a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
A ira de Deus é revelada do céu contra toda a impiedade e injustiça daqueles que retêm a verdade em injustiça;
porquanto o que se pode conhecer de Deus, neles está manifesto; pois Deus lho manifestou.
Romanos 1:16-19.

Que Deus nos ajude!
No Amor de Cristo,

Laércio Otone 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

TE AGRADEÇO, OH SENHOR!

Eu agradeço a Deus por tudo na minha vida; pela saúde, minha e dos meus filhos, da minha esposa e de todos meus familiares, amigos e irmãos. Mas como cristão, tenho a plena consciência de que, um dia terei que passar por enfermidades, dores, provações e tribulações. Portanto, terei que me preparar para o dia mau. Nosso corpo a cada dia vai se decompondo, e com isso estamos suscetíveis a adquirirmos doenças, dores e por fim a morte.

Mas como estamos nos preparando para isso?

Será que nós, cristãos, somos diferentes ao ponto de crermos que não passaremos por tudo isso?

O Senhor Jesus não nos deixou desavisados, Ele nos avisou acerca das provações, perseguições, da morte e da vida eterna.

Mas como muitos estão vivendo a vida cristã? 

Como se não fossemos passar por tudo isso?

Obviamente que muitos creem no arrebatamento — e, eu creio também — mas não posso me esquecer de que apenas o Senhor sabe quando ocorrerá esse dia tão esperado por nós cristãos.
Penso que muitos estão despreparados para as dificuldades e quando elas surgem, culpam a Deus por isso. Acham que ser cristão é ser alguém livre das dificuldades, ledo engano! 

Mas é isso que muitos ensinam por ai nas chamadas “Igrejas” neopentecostais, essas tem sido frequentemente propagadoras de mensagens anti-bíblicas formando pessoas cada vez mais despreparadas para a realidade da vida.

Lembrem-se: não somos melhores do que ninguém! Apenas somos cristãos que adoramos a Deus independentemente das circunstâncias.

Portanto sigamos o conselho do apóstolo Paulo:

Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Efésios 6:13

Soli Deo Gloria!

No Amor de Cristo,
Laércio Otone

terça-feira, 4 de julho de 2017

A EFICIÊNCIA DO EVANGELISMO

                                       

É indiscutível a eficiência do evangelismo e do ensino bíblico nas escolas, nas ruas, nas praças, etc.
Lembro-me, muito bem, quando eu ainda estava na primeira série, quando um irmão e uma irmã (não sei se eram católicos ou protestantes, arminianos ou calvinistas, mas eram pessoas que se preocupavam com as crianças e com os professores) eles ensinaram os alunos daquela escola na zona sul de São Paulo (uma escola afetada pela violência), como deveríamos orar utilizando uma Bíblia Sagrada, infelizmente hoje essa prática é proibida nas escolas, mas, mesmo sendo liberada naquela época, percebíamos a escassez de trabalhadores nessa área. Lembro-me, muito bem de um dos melhores ensinos que tive, era a oração do Pai Nosso. Aquele ensino, levei por toda minha vida, nunca deixei de pedir a Deus em oração, fui criado numa família disfuncional, vi, muitas vezes, meus pais se agredirem, meu pai era usuário de drogas, vivia no meio da criminalidade, ele e minha mãe brigavam constantemente. Ele batia muito forte na minha mãe, uma vez chegou a deslocar o pescoço dela de tanto que ele a agrediu, nós, eu e minhas irmãs, ficávamos no meio desse fogo cruzado constantemente. Minha mãe até tentou o suicídio por conta das agressões que sofria. Algumas vezes vi minha mãe se separar dele, depois acabava voltando, por conta de terem quatro filhos pequenos juntos e minha mãe não tinha outra opção, faltava orientação, faltava ajuda, algumas vezes a polícia interferia, outras, os irmãos da minha mãe. Éramos em quatro, eu e mais três irmãs, Cris, Tânia e Karine. Lembro de quando íamos dormir, eu orava, obviamente com muita limitação de palavras, mas com um coração sincero e temente, com fé, crendo que o Senhor estava me ouvindo, e muitas vezes no meio de discussões, eu começava a pedir pra Deus nos socorrer, e o socorro sempre vinha. Eu não conhecia nenhuma religião, na década de oitenta, morávamos numa favela na periferia de São Paulo, muito violenta, e a única vez que alguém falou de Deus para mim, foram os TJs, não gostei do que falavam pra mim, não falavam de Jesus, não havia um cristão que batia de porta em porta. Mas os ensinos que recebi sobre a oração, fez toda diferença na minha vida. Com oito anos, vi um rapaz de doze anos (12) morrer bem pertinho de mim, chamavam ele de Serginho, morreu a tiros, por estar envolvido com o crime, a mãe dele vinha da Igreja quando ela viu o corpo do filho estendido na rua de terra, não sai da minha cabeça a oração que aquela senhora fez dizendo “Deus socorre meu filho”, ela repetia essa frase várias vezes, isso mexeu comigo, senti temor no coração, não morri por bondade e misericórdia de Deus naquele dia, Deus me livrou, não porque sou melhor, tenho plena consciência disso, mas porque Ele é bom e misericordioso. Minha mãe se separou do meu pai, não aguentando mais as agressões, fomos embora para Maceió-AL. Lá em Maceió, passamos por muitas dificuldades, até fome passamos, e no meio dessas dificuldades, eu sempre lembrava da oração que me ensinaram na escola. Foi morando em Maceió que recebi a noticia do falecimento do meu pai, ele não se conformava com a separação e se entregou de vez para as drogas e bebidas até morrer por conta de uma cirrose hepática e outras complicações decorrente do uso de drogas e bebidas. Não conseguimos na época ir ao enterro dele, estávamos muito longe, foi triste, mas eu compreendia muito bem a dificuldade que enfrentávamos no momento, eu tinha apenas dez anos. Despois de quatro anos em Maceió, voltamos para São Paulo, morei por um tempo com meu tio, minha mãe foi para a cidade de Diadema-SP, morou com minhas irmãs na casa de uma tia minha, irmã dela, até alugar uma pequena casa no bairro do Eldorado em Diadema mesmo. Foi em Diadema que aos quinze anos (15) comecei a fumar cigarro e maconha. Mas Deus me ajudou a se livrar dessa desgraça. Conheci pessoas más, que matavam por qualquer coisa, nunca matei e nem roubei, mas vivia com um deles, eu era conhecido como bandido, por andar com eles. Sempre nas dificuldades eu lembrava constantemente da oração que aprendi na escola. Certo dia fui abordado pela polícia (dentre tantas abordagens que enfrentei) e o policial da ROTA me aconselhou a mudar de vida porque ele percebeu que eu não era bandido, apenas estava no meio deles. Refleti muito sobre isso e certo dia, cansado daquela vida, orei a Deus em cima de uma laje, com um cigarro de maconha entre os dedos, pedindo pra Ele me socorrer porque eu não tinha forças para me livrar daquela vida, foi como um bálsamo sendo derramado em meu coração, senti vigor na alma e vontade de viver, Deus respondeu minha oração.. Procurei uma Igreja e foi lá que aprendi muitas coisas concernentes ao Reino de Deus. Mas vindo de uma vida tão difícil, sofrendo tanto como sofri, aos 20 anos já com tantas cicatrizes na alma e no corpo, percebi o descaso com os necessitados, isso até hoje me entristece. Por isso muitos que não me conhece, pensam que não sei do que falo, vivi no lamaçal, o pior que vocês possam imaginar, e Deus me socorreu, não por eu ser melhor do que alguém, mas, porque Ele é bom e misericordioso. Não me conformo em ver Igrejas sendo administradas por homens que apenas pensam em dinheiro e vivem para o dinheiro, roubam a instituição, tiram dos cofres da Igreja para ostentar com viagens, automóveis, roupas caríssimas, etc etc —, isso me move a protestar e quero conscientizar os verdadeiros cristãos que não se acovardam diante disso tudo — levantemo-nos e preguemos o Verdadeiro Evangelho que liberta e transforma. Foi um simples ensino sobre oração na sala de aula que me fez aprender sobre como falar com Deus, e muitos negligenciam o evangelismo pessoal e os projetos que são do coração de Deus para a Igreja, e somente a Igreja, pode executar com poder e autoridade. Levantemo-nos! Avancemo-nos! Em breve o Nosso Redentor virá e não tardará! Estamos no ano da comemoração dos quinhentos anos da reforma protestante, mas não adianta nada comemorarmos a reforma se não tomarmos um posicionamento de protestantes diante das coisas que estão fazendo com o Nome do Senhor Jesus. Sou fruto do evangelismo e acredito que vocês também são. Portanto, paremos com essas brigas desenfreadas em rede social pra saber quem é de Calvino e quem é de Armínio, obviamente que os posicionamentos soteriológicos divergem, mas, acima de tudo, sejamos cristãos e lutemos a mesma luta, que é a luta contra as potestades e contra os principados, como disse o apóstolo Paulo: Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Efésios 6:12
Hoje sou cristão, fruto do evangelismo, nunca agredi minha esposa, tenho dois filhos e ensino-os a orar.
Hoje, prego o Evangelho para usuários de drogas que estão internados lutando contra esse mal, e pra quem cruzar meu caminho. Não me envergonho do Evangelho.
Minha mãe hoje está lutando contra um câncer, as orações tem nos sustentado.
Que Deus abençoe a Igreja!
No Amor de Cristo,
Laércio Otone

sexta-feira, 30 de junho de 2017

CUIDADO, O DIABO É ARDILOSO E VAI FAZER DE TUDO PARA TE AFASTAR DO CORPO DE CRISTO.

Confesso,

Já militei contra as reuniões em Igrejas, (ou como conhecemos por denominações), alegando que, nós podemos nos reunir em qualquer lugar — isso é fato — claro que podemos nos reunir em qualquer lugar, mas, obviamente, encontraremos dificuldades para manter isso por muito tempo, considerando que, uma Igreja tem importante participação no nosso crescimento, ajudando-nos no cumprimento de algumas “regras básicas” — por isso valorizo as Igrejas históricas. Não podemos negar e nem apagar da história o importante papel que as Igrejas têm exercido no desenvolvimento das sociedades, no âmbito da educação, e, principalmente, na religião, ajudando-nos a crescermos na Graça e no conhecimento teológico saudável e bíblico. Quase cai na armadilha de afirmar que a “Igreja sou eu”. Infelizmente, muitos têm sofrido com a má administração de muitas Igrejas, liderados por homens amantes de si mesmos, mas isso não é regra, conheço homens comprometidos com a Verdade da Palavra de Deus, e louvo a Deus por isso, ajudaram-me muito para que eu não caísse nessa armadilha do diabo de que, “a Igreja não vive mais”. 

Estava eu, certo dia aqui em casa, quando Deus falou fortemente ao meu coração de que eu estava debilitado, precisando me unir ao corpo místico de Cristo.
Decepcionado com o que fazem frequentemente nos cultos, pisam na cruz, falam de Cristo sem temor na alma e tremor no coração, vi pessoas serem feridas — isso me decepcionou a ponto de eu achar que poderia viver só evangelizando e dando continuidade ao trabalho que o Senhor me confiou, ledo engano! Preciso estar unido ao Corpo de Cristo, senti falta dos abraços fraternos dos irmãos, senti falta do carinho que a Igreja de Cristo vive e proporciona no Amor de Pai. Por isso voltei a congregar e isso me faz bem — sou cristão, preciso dos irmãos. 

Não desista da Igreja,
Precisamos dar mais uma chance para a Noiva,

No Amor de Cristo,

sábado, 24 de junho de 2017

APRENDENDO A CAMINHAR

                                            
                                                          E a nossa glória?

Não devemos desperdiçar nosso sofrimento. De acordo com a Bíblia, um dos propósitos e aplicações do sofrimento diz respeito à glória de Deus. Não há nada que revele, comunique e transmita a glória de Deus tanto quanto o sofrimento. Obviamente é uma glória perfeita e, assim, não pode ser aumentada. Mas pode, como o salmista repete tantas vezes, ser “engrandecida”. Se Deus for tratado como Deus durante o sofrimento, então o sofrimento revela e apresenta Deus em toda sua grandeza.
Mas Paulo também afirma que o sofrimento prepara uma glória para nós.  “Pois nossa tribulação leve e passageira produz para nós uma glória incomparável...” (2 Co 4.17). Então perguntamos: “Como o sofrimento nos beneficia?”. Antes de responder, temos de considerar o que a Bíblia ensina sobre o que se chama hoje de autoajuda. Existe um princípio no cerne da vida cristã que é revelado por duas declarações famosas do Senhor Jesus Cristo:  
               
  Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Mateus 5:6
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.
Mateus 10.39

Na primeira declaração, Jesus está ensinando: “Feliz é aquele que busca não a felicidade, mas a justiça”. A felicidade é subproduto do desejo de ter algo mais do que felicidade: ter um relacionamento de retidão com Deus e o próximo. Se Deus é o bem inegociável em nossa vida, a felicidade é um bônus. Se, no entanto, tudo que almejarmos for a felicidade pessoal, acabamos ficando sem nenhum dos dois.  Encontramos o mesmo princípio na segunda declaração de Jesus.  Se estivermos dispostos a perder a vida por amor a ele — dispostos a abrir mão da segurança pessoal, do conforto e da satisfação para obedecer e seguir a Jesus —, acabaremos nos encontrando.
Descobriremos quem somos de verdade em Cristo e encontraremos a paz.
No entanto, se tentarmos alcançar conforto e satisfação pessoal sem que nossa vida em Deus esteja centralizada em Cristo, acabaremos com uma terrível falta de autoconhecimento e vazio interior.
Isso não poderia ser mais oposto à nossa cultura ocidental de eloquente individualismo. E se aplica diretamente ao modo de os cristãos lidarem com o sofrimento. Como já vimos, devemos confiar em Deus porque Ele merece, é digno disso, e não porque seremos beneficiados. Se amamos e obedecemos a Deus por quem Ele é, e não por interesse próprio, vamos nos tornar pessoas fortes, nobres e sábias. Se desistirmos de buscar a nós mesmos e buscarmos a Deus, encontraremos tanto um quanto o outro. “Mira o céu, e a terra virá como bônus. Mira [somente] a terra, e não receberá nenhum dos dois.”   

Como esse princípio de Jesus funciona? Nós nos tornamos sábios quando vemos e abraçamos Deus como Ele é, porque isso nos põe em contato com a realidade. Da mesma forma que acender as luzes numa sala escura permite que você caminhe sem tropeçar nas coisas, enxergar a justiça, a grandeza, a soberania, a sabedoria e o amor de Deus impede que você cambaleie pela vida com amargura, orgulho, ansiedade e desânimo. Se buscarmos não nosso próprio benefício, mas a glória de Deus,  alcançaremos, de modo paradoxal, o desenvolvimento de nossa glória, ou seja, de nosso caráter, humildade, esperança, amor, alegria e paz.

O sofrimento, como veremos, pode levar a crescimento pessoal, instrução e transformação, contudo, jamais poderemos acreditar que ele seja o principal instrumento para nos tornarmos pessoas melhores. Esse ponto de vista leva ao masoquismo, à apreciação da dor, já que só nos achamos virtuosos quando estamos sofrendo.  Mesmo sem essa perspectiva, o sofrimento nos predispõe à autoabsorção.  Se ele for encarado como algo voltado principalmente para nós e nosso crescimento, vai nos sufocar de verdade. Em vez disso, precisamos olhar para o sofrimento — sejam quais forem as causas imediatas — principalmente como um meio de conhecermos mais a Deus, como uma porta para servirmos, nos assemelharmos a ele e chegarmos, como nunca antes, mais perto dEle.
Somente quando fizermos da glória de Deus a coisa mais importante do sofrimento, alcançaremos nossa própria glória. E as tristezas e dificuldades também podem levar a isso. Somos alertados a não desperdiçar nosso sofrimento, mas sim a crescer por meio deles em graça e glória.

(KELLER – Timothy, Caminhando Com Deus em Meio a Dor e ao Sofrimento, pg 205-207)   

Editado por:
Laércio Otone

 Salto – SP,  24/06/17

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FIZ-ME DE LOUCO PARA GANHAR OS LOUCOS? O APÓSTOLO PAULO DISSE ISSO?



Algumas denominações organizam eventos mundanos para atrair as pessoas, principalmente os jovens que estão envolvidos com drogas, no crime, na prostituição, nas baladas etc etc, — com o argumento de que o apóstolo Paulo “se fez de louco para ganhar os loucos”,— isso é pura invencionice! Nunca li algo assim na Bíblia. 

Leia o texto e o contexto de 1 Coríntios 9 .19-23, e aprendam que, não devemos imitar e nem amar o mundo (1 João 2.14-17), mas ir até aos necessitados para levar o Evangelho da Graça de Deus. 

Esse fraco argumento, prova que muitos querem mesmo é fazer uma “farrinha na Igreja” para matar a saudade da bagunça em que viviam.

Que Deus tenha misericórdia de nós! 

No Amor de Cristo,

Laércio Otone 

terça-feira, 13 de junho de 2017

NÃO HÁ UM JUSTO SEQUER. NENHUM!

Estou recebendo algumas mensagens me perguntando o que eu acho sobre o rapaz que teve a testa tatuada por estar roubando. 
Talvez se essa pergunta me fosse feita há 20 anos eu diria que está certo e que ele deveria estar morto — mas hoje, ah queridos, hoje o Senhor colocou o sentimento de cristão no meu coração e que transformou meu entendimento (cf, Rm 12.2), e eu, não posso me igualar aos transgressores que compactuam com esse ato. O rapaz transgrediu, sim transgrediu! Mas existem meios para que ele seja punido pelo erro, devemos respeitar o direto de ampla defesa para não cometermos injustiças, nem sempre o que se é reportado pela mídia, é o que de fato ocorreu. Precisamos principalmente como cristãos, olhar para as Escrituras que nos coloca como pecadores (cf, Rm 3.23) todos nós carecemos da glória de Deus para semos justificados dos nossos delitos. Imaginem se Deus tatuasse na testa de cada um de nós: “PECADOR, TRANSGRESSOR, MISERÁVEL?”
Lembrando que, não estou defendendo o rapaz que foi acusado de roubo, mas evitando que cometamos erros agindo de acordo com nossas forças.
Reitero: Não creiamos em tudo que se publica. Muitos já foram condenados injustamente por publicações falsas. Alguns pagaram com a própria vida.
Essa é minha opinião sobre o fato. 


No Amor de Cristo,
Laércio Otone.

domingo, 28 de maio de 2017

DE OLHO NO TEXTO - A ORAÇÃO


No Evangelho de São Lucas, encontramos passagens riquíssimas em orientações de como devemos proceder, como cristãos autênticos. Uma dessas passagens está no capítulo 11 onde o Senhor começa nos ensinando a respeito da oração e sua importância.  
Vejamos:
Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: "Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele".
Ele lhes disse: "Quando vocês orarem, digam: ‘Pai! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino.
Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano.
Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todos os que nos devem. E não nos deixes cair em tentação’
Lucas 11:1-4
O Senhor Jesus nos ensina uma oração modelo e não para que façamos repetições nas nossas orações, mas sigamos esse exemplo. Mateus incluiu essa oração no sermão do monte em Mt 6.9-13.  Ele não pretendia, obviamente, que seus discípulos repetissem essa oração como papagaios. Antes, diversos pedidos nela contidos serviriam de guia para uma atitude e conteúdo corretos.    
Ao usar a palavra Pai, a mesma que aparece em Rm 8.15. É usada pelos hebreus de hoje dentro do círculo familiar, e implica em familiaridade baseada no amor. Deus é o Pai de todos que aceitam a Cristo conforme João 1.12: Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus,  
Santificado seja o teu nome. O primeiro pedido refere-se à honra de Deus e não as necessidades do suplicante. A santidade de Deus não dever ser conspurcada pela santidade daquele que ora.
Venha o teu reino.  O governo de Deus deve se tornar mundialmente conhecido. Jesus não mandaria que seus discípulos orassem pela vinda do Reino se já estivesse presente. Com frequência Jesus ensinou a respeito do Reino de Deus.
Seja feita a tua vontade.  (Não aparece na Almeida). A vontade de Deus está sendo feita no céu pelos anjos sem hesitação ou discordância. A oração pede o mesmo tipo de obediência da parte do orador.
O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia. O grego é conciso e pitoresco: continua nos dando a nossa parte diariamente.
Perdoa-nos os nossos pecados. É um pedido e uma confissão. É um reconhecimento da necessidade, porque o homem é pecador; e um pedido da Graça divina.
A todos que nos deve.  O pecado é uma dívida que temos para com Deus e a qual o homem jamais poderá pagar. “Em quem (Cristo) temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas  , segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7).
E não nos deixe cair em tentação. A tentação nem sempre significa solicitação do mal, pois Deus não tenta nesse sentido ( Tg 1.13). A oração é no sentido do crente ser poupado do teste que o forçaria a cometer o mal.

No Catecismo de Heidelberg (1563) por Zacarias Ursino e Gaspar Oleviano a partir do Domingo 45 temos um importante ensinamento sobre a oração:
116. Por que a oração e necessária aos cristãos?

R. Porque a oração é a parte principal da gratidão, que Deus requer de nós . Além disto, Deus quer conceder sua graça e seu Espírito Santo somente aos que continuamente Lhe pedem e agradecem, de todo o coração .

 Sl 50:14,15. (2) Mt 7:7,8; Lc 11:9,10; 1Ts 5:17,18.

117. Como devemos orar, para que a oração seja agradável a Deus e Ele nos ouça?

R. Primeiro: devemos invocar, de todo o coração, o único e verdadeiro Deus, que se revelou a nós em sua palavra, e orar por tudo o que Ele nos ordenou pedir. Segundo: devemos muito bem conhecer nossa necessidade e miséria, a fim de nos humilharmos perante sua majestade. Terceiro: devemos ter a plena certeza de que Deus, apesar de nossa indignidade, quer atender à nossa oração, por causa de Cristo, como Ele prometeu em sua Palavra.

 Sl 145:18-20; Tg 4:3,8. Jo 4:22-24; Ap 19:10. Rm 8:26; Tg 1:5; 1Jo 5:14. 2Cr 20:12; Sl 143:2. Sl 2:11; Sl 51:17; Is 66:2. Rm 8:15,16; Rm 10:14; Tg 1:6-8.  Dn 9:17-19; Jo 14:13,14; Jo 15:16; Jo 16:23. Sl 27:8; Sl 143:1; Mt 7:8.

118. O que Deus ordenou pedir a Ele?

R. Tudo o que é necessário ao nosso corpo e a nossa alma, como Cristo, o Senhor, o resumiu na oração que Ele mesmo nos ensinou.

 Mt 6:33; Tg 1:17.

119. Que diz esta oração?

R. "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém" (Mateus 6:9-13; Lucas 11:2-4).

120. Por que Cristo nos ordenou dizer a Deus "Pai nosso"?

R. Porque Cristo quer despertar em nós, logo no início como base da oração, respeito e confiança, como uma criança para com Deus. Pois Deus se tornou nosso Pai, por Cristo. E muito menos do que nossos pais nos recusam bens materiais, Ele nos recusará o que Lhe pedirmos com verdadeira fé.

 Mt 7:9-11; Lc 11:11-13
121. Por que se acrescenta: "que estás nos céus"?

R. Porque assim Cristo nos ensina a não ter ideia terrena da majestade celestial de Deus e a esperar, da onipotência dEle, tudo o que é necessário ao nosso corpo e a nossa alma.

   Jr 23:23,24; At 17:24-27. (2) Rm 10:12.


No Amor de Cristo,
Laércio Otone

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, 2° Ed.

Comentário Bíblico Moody, Volume IV, pg 147, IBR 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

“O MAL É BOM.”


O apóstolo Paulo destaca:
Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
Romanos 8:18
E reitera; Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
2 Coríntios 4:17
Muitas vezes podemos observar como coisas ruins concorrem para o bem (Rm 8.28).
O problema é que geralmente só vemos isso acontecer algumas vezes, em casos limitados. Mas será que Deus não permite a existência do mal porque ele resulta em muito mais glória e alegria do que teríamos de outra forma? Será que a provável glória e alegria que iremos conhecer não são infinitamente maiores do que seriam caso o mal não existisse? Quem sabe o mundo futuro não será mais grandioso por causa de sua derrocada e perdição no passado? Se assim for, o mal sofrerá sua queda final e devastadora. Apesar de haver sido um obstáculo à nossa beleza e felicidade, o mal tornará tudo muito melhor. O mal terá realizado exatamente o oposto do que planejou.
Como isso acontecerá? Da forma mais básica possível, sabemos que só pode haver coragem quando existe perigo. Sem o pecado e o mal, jamais conheceríamos a coragem de Deus ou a extensão impressionante do Seu Amor, ou a glória de uma divindade que deixa Seu trono a vai para a cruz. Pois aqui, neste mundo, a noção da glória de Deus nos parece bastante remota e abstrata. Porém precisamos entender que as alegrias mais arrebatadoras que já sentimos — ao contemplar a beleza de uma paisagem, ao nos deliciar com uma refeição ou um abraço confortante — são como gotas de orvalho se comparadas ao oceano infindável de alegria que sentiremos ao ver Deus face a face (1 João 3.1-3). É isso que nos aguarda, e nada menos que isso, segundo a Bíblia.
Jó sofreu muito mais do que podemos imaginar lendo as Escrituras, mas ele se arrependeu, não por ter pecado, mas porque seus gritos de sofrimento questionavam a bondade de Deus.
Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.
Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Jó 42:5,6
Louvado seja Deus! Ele é bom!
No Amor de Cristo,
Laércio Otone
(Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra 2° Ed, pg. 685 - Timothy Keller – Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento, pg 135, Ed Vida Nova)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

O MUNDO ESTÁ EM DESESPERO.

Ontem (25/04) estava eu, transitando com minha moto na rodovia SP 75 em Itu- SP indo em direção a Salto-SP, quando um “motorista” perturbado transitava numa velocidade muito superior à máxima permitida e quase me atropelou, isso bem em frente ao posto policial rodoviário, ele reduziu a velocidade ficando ao meu lado na rodovia me xingando e me provocando para uma briga, pedi desculpas (mesmo sabendo que ele estava errado) e continuei, mas ele insistia em me provocar, dai comecei a orar e pedi para o Senhor me ajudar, foi quando ele acelerou e foi embora colocando sua vida e a de outras pessoas em risco. Eu continuei intercedendo por ele pedindo para Deus ajudar aquela alma sedenta. O mundo está em desespero e nós os cristãos precisamos nos posicionar como cristãos.
Porque eu não discuti com ele?
— Simples, entendi o que o Senhor Jesus disse, e, que está registrado no evangelho segundo escreveu São Lucas no capítulo 9 e no versículo 23.

domingo, 23 de abril de 2017

UM BOM E CONTÍNUO CONVÍVIO FAMILIAR É MUITO IMPORTANTE PARA CONHECERMOS AS NECESSIADES DE CADA UM E COMO DEVEMOS AUXILIAR UNS AOS OUTROS NA CAMINHADA DA VIDA.


É muito importante para os membros do corpo de Cristo, principalmente os ministros, ter uma vida de relacionamentos familiar saudável. Assim, conheceremos mais de perto cada membro e suas necessidades diárias.  Precisamos trabalhar na preservação da família para sabermos em quais áreas existem maiores vulnerabilidades em relação às tentações e como devemos auxiliá-los.  Os que caíram em grandes tentações precisam de muita assistência.
Portanto, todos nós devemos ser capazes de discernir as astúcias do tentador.  Devemos estar cientes de como são variadas, da sagaz esperteza com que satanás se dispõe os seus recursos ardilosos, que ficam à espreita para iludir, e devemos conhecer os métodos e artifícios do grande enganador. Alguns dos nossos são tentados pelo erro e pela heresia, principalmente entre jovens, os instáveis e os presunçosos. Exige-se muita prudência e santidade para lidarmos com essas questões e impedir que o rebanho do Senhor seja contaminado. 
Só podemos ajudar nossos familiares e irmãos se perseverarmos em dar um bom testemunho público e demonstrarmos em nosso viver privado um caráter inculpável e exemplar.
Devemos esforçar-nos para conhecer o temperamento natural de cada pessoa, sua situação e o contexto das suas ocupações no mundo que vivem e se relacionam, para poder saber onde estão os maiores problemas que poderão sobrevir-lhes.  Assim saberemos agir com mais rapidez, prudentemente e diligentemente.      


No Amor de Cristo,
Laércio Otone 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

FIQUE ATENTO!

Suponhamos que um vizinho seu ou algum membro de sua família tivesse se envolvendo com um grupo religioso e que estivesse exortando a você para que considerasse seriamente tornar-se membro daquele grupo religioso. Ou então suponhamos que um pequeno grupo batesse palmas à porta de sua casa e que, com largo sorriso, pedisse para compartilhar com você acerca de algumas poucas ideias de seu grupo religioso, ou lhe desse alguma literatura religiosa. O que você deveria fazer para evitar ser enganado e desviado da verdade de Cristo? Quero sugerir três perguntinhas que você deveria dirigir a eles:
1°- Cristo é ali adorado como Senhor e Salvador?
A pergunta central, hoje como sempre, é a mesma, ou seja, aquela que o Senhor Jesus fez cerca de dois mil anos: “Que pensais vós de Cristo?” (Mt 22.42).
2°- A Bíblia Sagrada ocupa ali um lugar central como verdadeiro guia quanto à fé e à prática?
Os cultos e as religiões falsas geralmente negam ou mesmo ignoram a plena inspiração e autoridade da Bíblia como Palavra de Deus.
3°- Estão encorajando a participação em uma Igreja evangélica comprometida com o Evangelho do Senhor Jesus Cristo?
Uma das características comuns de muitos cultos é que afirmam que eles, e somente eles, são possuidores de toda verdade . Por conseguinte, desencorajam fortemente a participação na adoração e instrumentação de alguma Igreja evangélica — e talvez até tomem medidas violentas para impedir isso.

No Amor de Cristo,
Laércio Otone  

quarta-feira, 12 de abril de 2017

VITÓRIA?


O que é vitória pra você?
Não posso me preocupar se irei vencer ou perder na vida, o que me preocupa é se estou sendo fiel ao meu Senhor, ou não. A visão de "vitória" de acordo com os padrões do mundo pós-moderno, não é a verdadeira vitória. Ainda que eu perca de acordo com a visão pós-moderna, continuarei louvando o meu Senhor, pois minha fé não se baseia em vitórias, mas na salvação que Cristo carimbou na cruz. Isso sim, me faz mais do que um vencedor e ninguém me tira essa vitória.
Louvado seja o Senhor!
Ele disse: Está consumado!

domingo, 9 de abril de 2017

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

SALTO-SP, DOMINGO 09/04/2017
Bom dia na Graça e na Paz do Senhor meus queridos irmãos/ amigos que estão conosco nessa luta em oração por minha mãe.
As últimas notícias não são como queríamos, ou, como esperamos, mas Deus tem nos sustentado com Seu Amor e com Sua Graça infinita. Ontem (08/04) ficamos o dia inteiro no hospital do câncer na capital paulista, minha mãe passou por algumas avaliações, tomou alguns medicamento e foi liberada para voltar para casa.
Ela ainda sente fortes dores, dores inimagináveis, isso nos faz sofrer muito sabendo que não temos condições de estarmos no lugar dela para de alguma forma aliviar essas dores, mas cremos no poder de Deus que pode fazer além do que pedimos ou pensamos — Ele é poderoso! Ele pode tudo!
Esperamos no Senhor para que Ele faça Sua soberana vontade na vida da minha mamãe.
Só Deus sabe o que estamos passando no momento, mas peço, encarecidamente, lembrem-se dela em suas orações, creio piamente no poder que tem as orações dos santos de Deus. Como publiquei eu continuo afirmando: Minha fé não está baseada em“mandar Deus fazer o que queremos que Ele nos faça”, mas, em crer de todo o meu coração que Ele pode fazer além do que peço e espero.
Estamos vivendo grandes experiências com Deus e afirmo que muitos cristãos só conhecerão Deus como Ele é, em meio às dores e ao sofrimento. Não que seja necessário passarmos por isso, mas que inevitavelmente o dia passará e a noite chegará para todos. O que aprendemos com isso tudo? — aprendemos que Deus cuida de nós! Não temos uma fé baseada em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas na demonstração do poder e dos sinais que Deus faz na nossa vida.
Como está escrito:
Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.
Jó 42:5
Louvado seja o Senhor!
No Amor de Cristo,
Laércio Otone

domingo, 2 de abril de 2017

A escassez de evangelistas nos dias atuais é preocupante

A escassez de evangelistas nos dias atuais é preocupante.
Precisamos ter noções claras acerca da natureza e da necessidade do evangelismo, conforme nos é apresentado na Bíblia. E também precisamos ter ideias nítidas sobre a legitimidade e a importância da vocação para ser um evangelista.
Qual a importância do evangelismo para a Igreja?
— Na verdade, sem o evangelismo não haveria Igreja.
O dom de evangelista é um dos maiores dons espirituais que Deus tem outorgado à Sua Igreja (ver Efésios 4.11). O dom de evangelista é tão válido e crucial para a Igreja de hoje como era nos tempos do Novo Testamento.

Paulo, na última epístola que escreveu, ordenou ao jovem evangelista Timóteo: “Prega a Palavra...faze o trabalho de evangelista...” (II Timóteo 4.2-5). Tragicamente, a Igreja do século XXI com frequência, tem perdido de vista a legitimidade e a importância do evangelista como ensina a Bíblia. Por esse mesmo motivo, a Igreja tem ficado paralisada, sem vida, diminuindo suas estatísticas e em seu estado espiritual, preocupada mais com festas, e eventos do que com essa tarefa tão importante, outorgada pelo próprio Deus da Bíblia.    
Mas quando ela redescobre e encoraja o dom de evangelista, Deus abençoa a Igreja com grandes colheitas espirituais.

Que Deus conceda que o dom de evangelista seja visto, uma vez mais, como um dom central na Igreja espalhada pelo mundo, a fim de que o povo de Deus possa evangelizar com maior eficácia a humanidade, a qual, longe de Deus, está perdida e morrendo.
A chamada divina para o ministério especial do evangelismo é distinta de muitas vocações ministeriais da Igreja. Lemos em Atos 21.8 que Filipe foi identificado como “o evangelista”. Ora, isso em nada diminui a verdade que todos os cristãos são chamados para serem testemunhas de seu Senhor e Salvador.

E, os pastores, além de liderarem, de ensinarem e de administrarem, também devem estar envolvidos no evangelismo.

No entanto, aquele que foi chamado e separado para o trabalho de evangelista, deve dedicar seu tempo e esforço de maneira sincera à tarefa que Deus lhe deu. A sua atenção não deve desviar-se para qualquer coisa que o distancie dessa tarefa. As perseguições também não poderão debilitar-nos. A tentativa de persuasão negativa, da parte de outras pessoas, deverá cair em ouvidos surdos. Somente uma inequívoca orientação de Deus poderá fazê-lo alterar o seu ministério. Portanto, atentemos para essa grande prioridade no Reino de Deus que é, evangelizar, independente de qualquer coisa devemos evangelizar.

No Amor de Cristo,

Laércio Otone.  

quarta-feira, 29 de março de 2017

COMUNICADO IMPORTANTE:


Venho através desta,
comunicar meus amigos, irmãos que, eu, Laércio Otone, me desliguei da rádio Cear e seus idealizadores.
Portanto, não mais apresentarei os programas na mesma. Assim que possível, retornarei com os programas Bíblia em Pauta e Última Trombeta em outra emissora.
Sem mais,
Laércio Otone

quinta-feira, 23 de março de 2017

ELE FOI MOÍDO



No getsêmani o Senhor Jesus foi moído conforme a profecia de Isaías:
 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:5

Getsêmani (ghethsemane) significa literalmente “prensa de azeite”. Era no monte das oliveiras que o Senhor Jesus se retirava a cada noite, para orar e descansar, após as cansativas lidas do dia. E, foi também no jardim do Getsêmani  que a roda da humilhação, da derrota, e, eventualmente, da morte, haveria de esmigalhar o Senhor Jesus a ponto dEle passar ali Sua mais intensa agonia pessoal.  O tormento emocional é muitas vezes mais difícil se suportar do que o tormento físico. No Getsêmani, o lugar da prensa, a agonia mental de Jesus foi tamanha que Jesus rogou ao Pai celeste que a aliviasse. Mas somente se isso estivesse de acordo com a vontade do Pai.

Se um imitador do Cristo da cruz, pode nos possibilitar muitas aflições, mas nada, absolutamente nada, é comparável com a glória que em nós há de se revelar (Romanos 8.18, 2 Co 4.17).

No Amor de Cristo,

Laércio Otone 

domingo, 19 de março de 2017

DEPRESSÃO: EXISTE NA BÍBLIA?


No livro de Jó no capítulo três encontramos Jó amaldiçoando seu nascimento, obviamente um caso bíblico de depressão.
Jó se lamenta. Ele rompe o silêncio com uma lamentação fortemente emocional. Ele expressa o mesmo tipo de depressão que tomou conta do Hemã o ezraita no Salmo 88, e também do profeta Jeremias (Jr 20.14-15), cujos amargos lamentos, reproduzem os de Jó.  Jó chegou a um estado tão insuportável que amaldiçoou o dia em que nasceu.  
Sabemos bem sobre Jó e sobre Jeremias, mas quem seria Hemã o ezraita?
Segundo as Escrituras: O salmista HEMÃ era filho de Joel e neto do profeta Samuel, da família dos Coatitas. Ele foi cantor e cimbaleiro levita durante o reinado de Davi, e posteriormente de Salomão (I Crônicas 6.33; 15.17-19; II Crônicas 5.11,12). Foi pai de 14 filhos e três filhas, e liderava a sua família no canto na Casa do Senhor (Templo Sagrado). Tanto ele quanto Asafe e Etã Jedutum estavam sob o comando direto do rei Davi, "o rei poeta"- (I Crônicas 25.1-6). Hemã compôs o Salmo 88, que tem 18 versículos. Ele também era conhecido como Hemã, "o ezraíta". Em hebraico, o termo “ezraíta” tem o significado de: “NATIVO”.
O Salmo 88 talvez seja a mais sombria de todas as lamentações do Saltério. O clamor angustiante do salmista pode ser ouvido do começo ao fim, uma vez que a sua dor o acompanha desde a juventude (v15) até o momento. Grande parte das lamentações transforma - se em confiança e louvor no final, mas esse não é o caso aqui. O único raio de esperança que emana desse salmo é o fato de que o salmista orava e de que ele se referia a Deus como “minha salvação” (v1).  Os cristãos não estão isentos dos sofrimentos deste mundo. Na verdade, a vida do cristão muitas vezes inclui aflição e dor.  Nossa esperança não está em escaparmos do sofrimento, mas no significado que inunda o nosso sofrimento por causa da angústia experimentada pelo nosso Senhor Jesus Cristo.    

Alguns dos fatores que causam a depressão nas pessoas são: tristeza, angústia e desesperança. Isso ocorre no meio cristão, quando o que motiva a pessoa na busca pelo conhecimento do Evangelho do Senhor Jesus Cristo; é o medo de passar pelo sofrimento, dor e tristeza — o cristianismo não é um lugar isolado que protege as pessoas dos males que surgem normalmente na vida das pessoas — todos nós, passamos por algum sofrimento, ou ainda passaremos. O cristianismo não oferece isenção em relação ao sofrimento — o cristianismo propõe esperança de vida eterna — fazendo com que os seguidores do Cristo da cruz, sejam pessoas transformadas que vivem como Cristo viveu.      O grande problema é evangelizar as pessoas oferecendo para elas a “teologia da glória” combatida fortemente por Martinho Lutero onde o mesmo enfatiza a teologia da cruz.   
Os teólogos da “glória”, afirma Lutero, acham que os caminhos de Deus são “claramente perceptíveis”. Assim, os amigos de Jó acreditavam que se tudo corre de vento em popa é porque estamos vivendo corretamente e Deus está feliz conosco. Mas se as coisas vão de mal é porque nosso viver não está correto, e Deus se afastou de nós. Eles achavam fácil discernir os propósitos e os planos de Deus. Todavia os sofrimentos de Jó eram bastante misteriosos, e os propósitos de Deus não foram revelados a Jó, e praticamente nenhum deles foi revelado aos leitores do livro.  Mas a agonia e o sofrimento de Jó resultaram nas mais profundas revelações da natureza de Deus na Bíblia e, de fato, na literatura em geral, além de na transformação do caráter de Jó.
Da mesma forma, os líderes religiosos da época de Jesus aguardavam um Messias gentil, fácil de ser compreendido e que derrotaria o poderio romano, levando Israel à independência política. Um Messias fraco, sofredor e crucificado não fazia sentido para eles. As pessoas que observavam Jesus morrendo na cruz não tinham ideia de que testemunhavam o maior ato de salvação da história. Será que as pessoas junto à cruz “percebiam claramente” os caminhos de Deus? Não, mesmo estando cara a cara com um milagre da graça. Elas enxergavam apenas escuridão e sofrimento, e as categorias da razão humana não acreditavam que Deus possa trabalhar em tais coisas e por meio delas. Assim, o povo mandou Jesus descer da cruz, zombando: “Ele salvou os outros e não consegue salvar a si mesmo” (Mt 27.42).
O que não perceberam foi que Ele podia salvar os outros unicamente porque não salvou a si mesmo.
Foi justamente por intermédio da fraqueza e do sofrimento que Deus nos salvou e revelou da maneira mais intensa possível, as infinitas profundezas de Sua graça e de Seu amor por nós. Porque, na verdade, na cruz estava a sabedoria infinita: em um único ato, a justa exigência da lei foi cumprida e o perdão dos infratores foi garantido. Naquele momento, o amor e a justiça de Deus foram totalmente satisfeitos.  Esse Messias viera para morrer de modo a pôr fim à morte. Somente pela fraqueza e pelo sofrimento o pecado poderia ser expiado — foi a única maneira de destruir o mal sem destruir a nós.

Para Lutero, o clamor de Jesus na cruz — “...Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46) — é “a frase mais maravilhosa da Bíblia inteira”.


Laércio Otone

REFERÊNCIAS:
Bíblia de Estudo de Genebra 2° ed, pg 754

KELLER, Timothy – Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento – São Paulo: Vida Nova, 2016, pg 64, 66 

sexta-feira, 10 de março de 2017

QUANDO VOU COM MINHA MÃE AO HOSPITAL DO CÂNCER.


Não creio que Deus me leva ali para eu evangelizar. Creio que vou ali para aprender como é a realidade que muitos não querem enxergar e acabam culpando Deus e os outros.
Muitos me enviaram mensagens dizendo que Deus permite acontecer algumas coisas na nossa vida para “cobrar de nós” algumas atitudes cristãs. Não penso desta forma — se assim fosse, Deus (penso eu), me mataria — porque, dificilmente consigo fazer algo agradável ao meu Senhor. Continuo e continuarei crendo na bondade e na misericórdia de Deus. Creio, piamente, que todos nós passamos e passaremos por aflições (João 16.33). Não pense que por você estar passando por algum sofrimento, é Deus cobrando uma atitude de cristão de ti, ou por algum pecado que você cometeu. Deus não vai “cobrar isso” colocando enfermidades em nós, ou nos nossos filhos, ou em alguém da nossa família — não creio nesse deus, que quer que façamos algo para ele colocando enfermidades em nós.
Precisamos, sim, como cristãos, irmos à busca de alguém que esteja passando pelo sofrimento, para que, de alguma forma, possamos aliviar essas pessoas em meio às dores e aos sofrimentos com orações e uma palavra bíblica.
Quando levo minha mãe no hospital do câncer para os procedimentos de quimioterapia, sofro e sinto dores juntamente com ela e com os demais que passam por ali durante todos os dias. Fico triste juntamente com eles, choro com eles, sinto dores ali, fico no meio deles em silencio enquanto aguardo minha mãe ser atendida, fico ali, no meio dos pacientes que sentem fortes dores, pensando e refletindo na vida, pensando como posso fazer para melhorar e ser mais útil aos meus irmãos que tanto sofrem com enfermidades e com o atendimento precário na saúde aqui no Brasil.
Na última vez que eu estive lá uma profissional veio em minha direção segurando uma prancheta e vendo meu estado de dor e tristeza, perguntou-me se eu estava esperando para fazer a quimioterapia, isso confirmou meu sentimento de dor e empatia pelos doentes que por ali passaram. O que me deixa triste e preocupado, é que existe uma enorme carência de cristãos nesses lugares (lugares onde há dores e prantos) para simplesmente, fazer uma oração e uma palavra bíblica para o acalento da alma dos aflitos. Eu esperei o dia inteiro um cristão ir ali e não vi. Senti carência e vontade de ver um irmão em Cristo ali nos visitando nos abraçando, orando conosco, e não vi.
As Igrejas precisam pensar em visitar mais esses lugares.
Pensemos mais na Obra do Mestre e deixemos as festas indo em direção ao Tanque de Betesda. Ali há doentes e feridos precisando de ajuda.
Aprendam uma coisa, se você ficar doente, não é Deus colocando enfermidades em ti. Talvez por não se cuidar, ou não fazer os exames periódicos, etc. É importante aprendermos a cuidar da nossa saúde para não culparmos Deus pelas enfermidades que podem nos afetar por conta do descuido.
 Jesus nos ensinou isso com seu jeito maravilhoso de viver.
Que Deus nos ajude.
No Amor de Cristo,
Laércio Otone

domingo, 5 de fevereiro de 2017

MONTE LUGAR SANTO? IGREJA (TEMPLO) CASA DE DEUS?


Como temos visto, tem sido comum alguns entenderem que o monte (lugar geográfico), mais precisamente uma montanha— é um lugar “santo”— o que biblicamente não é correto afirmar.
Se os amados irmãos gostam de orar em um lugar mais reservado, sem alguém para incomodá-los, não vejo problemas em orar no monte, contanto que, não façam deste lugar, “um lugar santo, especial, de poder”. Não encontramos na Bíblia Sagrada base para tal afirmação, mas podemos orar onde bem entendermos, com ordem e decência, obviamente. Alguns confundem esses lugares geográficos, como se fossem lugares especiais, onde no alto do misticismo, levam objetos para serem “consagrados” pedidos de orações por escritos, cartas etc, e depois vendem esses objetos como se fossem objetos sagrados, especiais.
 Sem falar nos movimentos que através de vídeos postados na internet, revelam o que acontece nesses lugares. Não gosto disso!
Temos base bíblica para orarmos sem cessar (cfe 1 Ts 5.17) e isso implica em termos uma vida de constante oração, independente de lugar e horário.
Como é incorreto afirmar que o monte é um lugar “santo”, também é incorreto chamar um templo de tijolos de “casa de Deus”, e o conceito de congregar (cfe Hb 10.25) não está ligado diretamente a uma reunião denominacional, como muitos afirmam que se, um crente não frequenta uma Igreja (templo de tijolos) não é um cristão. Devemos considerar o texto bíblico onde o Senhor Jesus (o Senhor Jesus disse, não eu) que onde estiverem dois ou três reunidos em Nome dEle, Ele estaria ali presente (cfe Mt 18.20).
Portanto, queridos, é insano afirmar que uma pessoa que não quer frequentar uma denominação (templo de tijolos) de desviado do caminho. Lembre-se que os fariseus eram frequentadores assíduos do templo. Como vejo hoje muitos frequentam templos de tijolos assiduamente e nem por isso são crentes verdadeiros em Cristo, mentem, roubam, não perdem uma oportunidade de se beneficiarem na primeira oportunidade que aparece.
A mulher samaritana entendia que o lugar correto para a adoração era em Samaria, e o Senhor Jesus a ensinou que nem em Jerusalém, nem em Samaria, mas em Espírito e em Verdade, independente do lugar geográfico e horário. (cfe João 4.23,24)
Concluo que, se os irmãos não querem compactuar com o sistema corrupto-religioso que permeia muitas instituições religiosas (disse muitas, não todas), como tem acontecido muito frequentemente, não sejam persuadidos a crerem que são desviados do Caminho, se vocês estão vivendo de acordo com as Escrituras Sagradas — todos você podem congregar se reunindo em nome do Senhor onde bem entenderem, contanto que, seja como nos orienta a Bíblia Sagrada, para o aperfeiçoamento dos santos.
Gosto de orar no monte — gosto de congregar.
Oro no monte com amigos, e isso é bom.
Congrego com irmãos e pessoas que ainda não se decidiram, mas entendo que congregar é uma reunião sincera, sem hipocrisia e ganância por bens materiais, mas sim, estarmos todos pensando unicamente nas coisas que são do alto (cfe Cl 3.2).
Sem mais,
No Amor de Cristo,
Laércio Otone — Rádio Cear – Salto –SP.

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