O JUSTO VIVERÁ DA FÉ
Romanos
1.17
O cenário do evangelicalismo atual é trágico, estamos vendo
de tudo nas denominações, mas o que mais me preocupa é a falta de empenho de
muitos em examinar as Escrituras Sagradas para verem se é de fato, verdade, ou
não o que o pastor está pregando a cada culto. Muitos acreditam que, “se ele é
pastor então é enviado de Deus, é o ungido”, mas só pode ser um enviado de Deus
para apascentar Seu rebanho (que foi comprado pelo precioso Sangue de Cristo) se
o pastor for comprometido com a Verdade das Sagradas Escrituras — caso
contrário não é enviado por Deus — e sim, enviado por homens que lideram muitas
instituições com o fim de arrecadar muito dinheiro e colocam os que concordam
com eles em tudo para serem pastores das “suas igrejas”.
Que existem muitos “bandidos da fé” isso não podemos negar.
O que me preocupa diante de tudo isso é a generalização que muitos fazem,
colocando todos no “mesmo balaio” como se não existissem homens sérios,
comprometidos com a Verdade, e, muitos chegam a ter vergonha de serem
reconhecidos como pastor nas ruas, isso é algo que precisamos refletir. Precisamos
diferenciar os pastores comprometidos com a Verdade dos que estão longe da
Verdade. Mas como faremos isso se não estamos lendo a Bíblia, estudando-a e
orando?
A falta de dedicação dos
cristãos em estudar, ler, orar e exercitar os dons para o crescimento da Igreja
permite com que os lobos vorazes ganhem espaço. Eles (os lobos) são cruéis (At
20.29). Quem não medita de dia e noite nas Sagradas Páginas da Bíblia (Sl 1.2),
está propenso a crer que tudo que dizem nos púlpitos são verdades vindas de
Deus, as promessas feitas em nome de Deus, as campanhas voltadas às realizações
dos desejos carnais tem crescido muito — como se Deus fosse um “realizador de
desejos humanos”, e não O Salvador dos pecadores (Fp 3.20) .
Frequentemente ouço alguém afirmar o seguinte: Precisamos de
uma nova reforma!
— Nova reforma? Como assim?
Não, não precisamos de uma “nova reforma”, a Reforma Protestante
já se deu no século XVI e essa é suficiente, onde os reformadores deixaram-nos
um legado, permitindo-nos que tivéssemos acesso às traduções dos textos
sagrados. O problema é a preguiça e o
descaso que muitos fazem com esse importante documento santo. A palavra de Deus
hoje é vista como um objeto que ocupa um espaço nas estantes e prateleiras. Os líderes (a maioria) não estão preocupados
em ensinar a Bíblia para o rebanho para que continuem na ignorância, e estando
eles na ignorância, ficam vulneráveis e, é mais fácil enganá-los (2 Pe 2.1).
É bem verdade que muitos estão “ressuscitando as
indulgencias”, só que, com uma roupagem diferente, mas a intenção é a mesma, construir
grandes edificações, como ocorreu no século XVI onde as contribuições giravam
em torno de interesses dos lideres gananciosos e não para o mantimento da Obra
do Mestre (Fp 3.19).
Ao lermos o texto da Carta aos Romanos, entenderemos muito,
vejamos:
Pois não me envergonho do Evangelho; porque ele é poder de
Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, e depois do
grego.
Pois no Evangelho é revelada de fé em fé a justiça de Deus,
como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
A ira de Deus é revelada do céu contra toda a impiedade e
injustiça daqueles que retêm a verdade em injustiça;
porquanto o que se pode conhecer de Deus, neles está
manifesto; pois Deus lho manifestou.
Romanos 1:16-19.
Que Deus nos ajude!
No Amor de Cristo,
Laércio Otone
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