A origem do
catolicismo romano nos remete à nossa própria história. A do cristianismo. Nós,
os evangélicos, compartilhamos dessa mesma origem. Porém, não é correto dizer,
como afirmam alguns, que o catolicismo romano é a mesma coisa que o
cristianismo dos primeiros séculos. É necessário, antes de tudo, pontuarmos a
origem do catolicismo romano. Os três
primeiros séculos da Igreja cristã, foram marcados pelas perseguições, porém , com a ascensão do imperador
Constantino , que assumiu em 312 d.C, o Império Romano, teria se convertido ao cristianismo , e em 313
d.C. decreta o fim das perseguições
contra os cristãos. Constantino ainda vai além, proporcionando uma série de
vantagens aos cristãos e declarando o cristianismo como a religião oficial do
império.
Podemos
situar a origem do catolicismo romano nas relações entre o Império Romano - através do imperador Constantino –
e o cristianismo. As relações oficiais entre o Estado e a Igreja marcaram o
início da organização eclesiástica e das doutrinas da Igreja católica apostólica
romana. Esse processo teve início com as
desastrosas consequências da oficialização do cristianismo como religião
oficial do império, dentre as quais a principal foi, certamente, a sua
paganização (como nos dias de hoje quando se mistura políticos que se dizem
cristãos com as tarefas eclesiásticas). Muitos
pagãos penetraram na Igreja cristã por vários motivos que não uma conversão
sincera. O contraste entre a
simplicidade do culto cristão e os pomposos e complicados rituais pagãos ficou evidente, de forma que os pagãos
procuraram introduzir elementos e rituais estranhos ao cristianismo : um sacerdócio
suntuosamente vestido que fazia ofertas de sacrifícios, um ritual incrementado,
a presença de imagens. A veneração dos mártires, água benta, incenso, a
doutrina do purgatório e, de um modo geral, a doutrina da salvação pelas obras.
Quando
Constantino faleceu, em 337 d.C., o
Império Romano ficou dividido entre Ocidente e Oriente. Essa divisão foi
sentida também entre as Igrejas, que passaram a protagonizar vários conflitos.
A maior Igreja do Ocidente era justamente a Igreja de Roma, que era o centro do
império.
Com o
Império Romano dividido, e o consequente enfraquecimento ocorrido nos séculos IV e V , o Ocidente
ficou mais vulnerável, e a Igreja foi assumindo, cada vez mais, as
responsabilidades políticas. Desta forma, o bispo de Roma ocupava,
gradativamente, lugar de destaque; e cada vez mais os bispos ocidentais
reconheciam a supremacia do bispo de Roma. A palavra latina “papa”, que
significa literalmente “pai” e era aplicada a todos os bispos nas Igrejas do
Ocidente, foi aplicada exclusivamente pela primeira vez a Sirício, o bispo de
Roma no período de 384 a 399 d.C. Mas foi Leão I (440-461) o primeiro a
declarar a primazia sobre todo o cristianismo.
Isso se dava, segundo ele, pelo fato de que Pedro, que teria sido o príncipe
dos apóstolos, também teria sido o primeiro bispo de Roma. O bispo Leão I deve
ser considerado, assim, o primeiro papa do catolicismo romano. A partir de
então o título papa passou a ser empregado exclusivamente a cada sucessor ao
cargo de bispo de Roma. Desta forma nós conseguimos remontar às origens das
heresias a da organização eclesiástica da Igreja católica apostólica romana.
Vamos agora pontuar as principais heresias, combatendo cada uma delas com
referências bíblicas.
1- IGREJA ÚNICA E VERDADEIRA : MEDIADORA
DA SALVAÇÃO.
É bem conhecida de todas
as pessoas a fórmula empregada pelo catolicismo de que “fora da Igreja católica apostólica romana não há salvação” , usada no lugar da fórmula “ fora
de Jesus Cristo não há salvação” .
O que justifica essa pretensão é a afirmação de que o catolicismo romano
representa a única igreja cristã legítima, fundada pelo próprio Cristo.
Em primeiro lugar, a Bíblia é muito enfática ao afirmar que, somente há
salvação em Jesus Cristo. Em nenhum momento, encontramos qualquer referência
bíblica, de Jesus Cristo nos deixar pessoas ou instituições humanas, ou
qualquer outra forma pela qual podemos obter a salvação.
No Antigo Testamento Deus já havia anunciado que a sua salvação estava
prestes a chegar : “Assim diz o SENHOR:
Guardai o juízo, e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e
a minha justiça, para se manifestar”.
Isaías 56:1
Isaías 56:1
Deus enviou Jesus Cristo para conceder salvação “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
João 3:16
João 3:16
Jesus Cristo é o único acesso a Deus “Disse-lhe Jesus: Eu sou
o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14:6
João 14:6
Desta forma, fica muito claro, em toda a Bíblia, que há salvação somente
em Jesus Cristo : “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os
edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.
Atos 4:11,12
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.
Atos 4:11,12
Infelizmente muitos estão desconsiderando esses princípios bíblicos e
aderindo as doutrinas de homens, ou seja, cego guiando cegos.
2- O PURGATÓRIO E A “NEGOCIAÇÃO” DA
SALVAÇÃO
Além de se
colocar como mediadora da salvação, a igreja romana ainda cometeu vários abusos
dessa pretensa condição ao “cobrar” pela salvação. Trata-se das famosas
indulgências e de outras formas de “negociar” o perdão dos pecados e a vida
eterna.
Muito
abusos já foram cometidos, explorando a simplicidade e a ignorância de muitas
pessoas. A igreja romana, já chegou a vender relíquias e até mesmo “pedaços
de cruz” na qual Cristo teria sido crucificado; e amedrontava seus fiéis
através do medo do purgatório, mas oferecendo alívio para essa terrível
situação mediante missas pagas.
O papa Leão
X , no ano de 1518, chega a declarar que “ ao som da moeda que cai neste cofre
uma alma se desprende do purgatório e voa para o paraíso”. O purgatório, aliás,
não existia no começo da era cristã, e não há nenhuma referência a ele em toda
a Bíblia Sagrada. A Igreja romana se
apóia em uma passagem polêmica do livro apócrifo de Macabeus para sustentar
esse dogma. O texto é o seguinte:
e puseram-se em
oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas
falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos
olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.
.Em seguida, fez uma
coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse
um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua
crença na ressurreição,
.porque, se ele não
julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por
eles.
.Mas, se ele acreditava
que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
(2 Macabeus 12. 42-45)
Além desse trecho, a igreja romana ainda
usa o seguinte texto do apóstolo Paulo “...mas esse mesmo será salvo, todavia,
como que através do fogo”. ( 1 Co 3.15)
Assim, além de se apoiar num livro
apócrifo, a igreja católica romana ainda faz uso de uma interpretação
tendenciosa e equivocada para sustentar o dogma do purgatório.
A doutrina do purgatório foi
oficializada no Concílio de Lyon, em 1274, e reafirmada no Concílio de Trento (
1548-1561). Essa doutrina nega Jesus Cristo e sua doutrina de salvação.
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