sábado, 4 de julho de 2015

A FARSA DO CATOLICISMO ROMANO



A origem do catolicismo romano nos remete à nossa própria história. A do cristianismo. Nós, os evangélicos, compartilhamos dessa mesma origem. Porém, não é correto dizer, como afirmam alguns, que o catolicismo romano é a mesma coisa que o cristianismo dos primeiros séculos. É necessário, antes de tudo, pontuarmos a origem do catolicismo romano.  Os três primeiros séculos da Igreja cristã, foram marcados pelas perseguições,  porém , com a ascensão do imperador Constantino , que assumiu em 312 d.C, o Império Romano,  teria se convertido ao cristianismo , e em 313 d.C.  decreta o fim das perseguições contra os cristãos. Constantino ainda vai além, proporcionando uma série de vantagens aos cristãos e declarando o cristianismo como a religião oficial do império.
Podemos situar a origem do catolicismo romano nas relações entre o Império Romano -­­­­             através do imperador Constantino – e o cristianismo. As relações oficiais entre o Estado e a Igreja marcaram o início da organização eclesiástica e das doutrinas da Igreja católica apostólica romana. Esse processo teve início com         as desastrosas consequências da oficialização do cristianismo como religião oficial do império, dentre as quais a principal foi, certamente, a sua paganização (como nos dias de hoje quando se mistura políticos que se dizem cristãos com as tarefas eclesiásticas).                 Muitos pagãos penetraram na Igreja cristã por vários motivos que não uma conversão sincera.  O contraste entre a simplicidade do culto cristão e os pomposos e complicados rituais pagãos  ficou evidente, de forma que os pagãos procuraram introduzir elementos e rituais estranhos  ao cristianismo : um sacerdócio suntuosamente vestido que fazia ofertas de sacrifícios, um ritual incrementado, a presença de imagens. A veneração dos mártires, água benta, incenso, a doutrina do purgatório e, de um modo geral, a doutrina da salvação pelas obras.
Quando Constantino faleceu, em  337 d.C., o Império Romano ficou dividido entre Ocidente e Oriente. Essa divisão foi sentida também entre as Igrejas, que passaram a protagonizar vários conflitos. A maior Igreja do Ocidente era justamente a Igreja de Roma, que era o centro do império.
Com o Império Romano dividido, e o consequente enfraquecimento  ocorrido nos séculos IV e V , o Ocidente ficou mais vulnerável, e a Igreja foi assumindo, cada vez mais, as responsabilidades políticas. Desta forma, o bispo de Roma ocupava, gradativamente, lugar de destaque; e cada vez mais os bispos ocidentais reconheciam a supremacia do bispo de Roma. A palavra latina “papa”, que significa literalmente “pai” e era aplicada a todos os bispos nas Igrejas do Ocidente, foi aplicada exclusivamente pela primeira vez a Sirício, o bispo de Roma no período de 384 a 399 d.C. Mas foi Leão I (440-461) o primeiro a declarar a primazia sobre todo o cristianismo.  Isso se dava, segundo ele, pelo fato de que Pedro, que teria sido o príncipe dos apóstolos, também teria sido o primeiro bispo de Roma. O bispo Leão I deve ser considerado, assim, o primeiro papa do catolicismo romano. A partir de então o título papa passou a ser empregado exclusivamente a cada sucessor ao cargo de bispo de Roma. Desta forma nós conseguimos remontar às origens das heresias a da organização eclesiástica da Igreja católica apostólica romana. Vamos agora pontuar as principais heresias, combatendo cada uma delas com referências bíblicas.            

1-      IGREJA ÚNICA E VERDADEIRA : MEDIADORA DA SALVAÇÃO. 

          É bem conhecida de todas as pessoas a fórmula empregada pelo catolicismo de que “fora da Igreja católica apostólica romana não há salvação” , usada no lugar da fórmula “ fora de Jesus Cristo não há salvação” .
O que justifica essa pretensão é a afirmação de que o catolicismo romano representa a única igreja cristã legítima, fundada pelo próprio Cristo.
Em primeiro lugar, a Bíblia é muito enfática ao afirmar que, somente há salvação em Jesus Cristo. Em nenhum momento, encontramos qualquer referência bíblica, de Jesus Cristo nos deixar pessoas ou instituições humanas, ou qualquer outra forma pela qual podemos obter a salvação.
No Antigo Testamento Deus já havia anunciado que a sua salvação estava prestes a chegar : “Assim diz o SENHOR: Guardai o juízo, e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, para se manifestar”.
Isaías 56:1
Deus enviou Jesus Cristo para conceder salvação “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
João 3:16
Jesus Cristo é o único acesso a Deus “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14:6
Desta forma, fica muito claro, em toda a Bíblia, que há salvação somente em Jesus Cristo : “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.
Atos 4:11,12
Infelizmente muitos estão desconsiderando esses princípios bíblicos e aderindo as doutrinas de homens, ou seja, cego guiando cegos.

2-      O PURGATÓRIO E A “NEGOCIAÇÃO” DA SALVAÇÃO
Além de se colocar como mediadora da salvação, a igreja romana ainda cometeu vários abusos dessa pretensa condição ao “cobrar” pela salvação. Trata-se das famosas indulgências e de outras formas de “negociar” o perdão dos pecados e a vida eterna.
Muito abusos já foram cometidos, explorando a simplicidade e a ignorância de muitas pessoas.  A igreja romana,  já chegou a vender relíquias e até mesmo “pedaços de cruz” na qual Cristo teria sido crucificado; e amedrontava seus fiéis através do medo do purgatório, mas oferecendo alívio para essa terrível situação mediante missas pagas. 
O papa Leão X , no ano de 1518, chega a declarar que “ ao som da moeda que cai neste cofre uma alma se desprende do purgatório e voa para o paraíso”. O purgatório, aliás, não existia no começo da era cristã, e não há nenhuma referência a ele em toda a Bíblia Sagrada.  A Igreja romana se apóia em uma passagem polêmica do livro apócrifo de Macabeus para sustentar esse dogma. O texto é o seguinte:
e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados.
.Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição,
.porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.
.Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente,
(2 Macabeus 12. 42-45)

Além desse trecho, a igreja romana ainda usa o seguinte texto do apóstolo Paulo “...mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. ( 1 Co 3.15)
Assim, além de se apoiar num livro apócrifo, a igreja católica romana ainda faz uso de uma interpretação tendenciosa e equivocada para sustentar o dogma do purgatório.

A doutrina do purgatório foi oficializada no Concílio de Lyon, em 1274, e reafirmada no Concílio de Trento ( 1548-1561). Essa doutrina nega Jesus Cristo e sua doutrina de salvação. 

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